São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2001

Próximo Texto | Índice

PAINEL FC

Lobby azul
O presidente do São Caetano, Nairo Ferreira, almoça hoje com Eduardo José Farah. Vai tentar convencê-lo de que o time do ABC, líder do Brasileiro e atual vice-campeão nacional, tem que ser incluído imediatamente na Liga Rio-São Paulo.

Missão impossível
Mas o dirigente do "Azulão" dificilmente terá sucesso em sua investida. Farah vai alegar que os 16 clubes da Liga já estão definidos e que agora não há mais como incluir o time do ABC.

Clube dos oito
Os cariocas venceram, e apenas os oito grandes são fundadores da Liga Rio-SP. Os demais serão considerados convidados.

Dois pesos
Os oito terão grande poder nas decisões da nova entidade. Cada voto deles valerá seis vezes os dos pequenos. A única exceção é a Lusa, que terá direito a voto com peso três. O time de Amílcar Casado ganhou o "privilégio" por sua tradição.

Rumo ao Oriente
Edmundo, que quase foi para o Figueirense, da Série B do Brasileiro, acertou sua transferência para o Verdy, de Tóquio. O atacante, que foi mandado embora do Cruzeiro, embarca para a capital japonesa amanhã.

Quase no Morumbi
O Flamengo aceitou ceder o lateral Athirson para o São Paulo. Pelo empréstimo de um ano, quer receber R$ 500 mil.

Novo parceiro
Para tentar convencer Edmundo Santos Silva, o presidente são-paulino, Paulo Amaral, teve a ajuda de um dos cartolas mais contestados do Morumbi nos últimos tempos. Foi o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta quem intermediou o negócio.

Ponte aérea
Depois de trocar o presidente da Parmalat para a América Latina, o presidente mundial da empresa, Calixto Tanzi, viaja a Jundiaí. Em pauta, o orçamento para o Etti, clube da multinacional que disputará o Torneio Rio-SP no próximo ano.

Último assalto
Acontece na próxima segunda-feira a audiência de instrução do processo que Marcelinho move contra o Corinthians, em que pede sua rescisão de contrato. O juiz vai tentar uma conciliação, mas as partes já disseram que não há acordo. O vencedor levará R$ 1,4 milhão.

Vista grossa 1
Nem o inquérito aberto pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para investigar as relações das Organizações Globo com os cartolas do futebol, revelado pela Folha domingo, conseguiu mudar a sólida posição do senador Álvaro Dias (PDT-PR) no que diz respeito ao assunto.

Vista grossa 2
O presidente da CPI do Futebol afirma que investigar os contratos da emissora com clubes e federações, o que garante a ela o controle quase total sobre todas as competições, não é assunto para a comissão. Dias, pré-candidato ao governo do Paraná, diz que não vai se preocupar com o assunto. Vai sobrar para os clubes e para a CBF.

Segundão
O Conselho de Ética da Câmara já tem fila de espera para investigações. E o segundo posto é do vascaíno Eurico Miranda (PPB-RJ). O primeiro é de Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), ex-presidente da Força Sindical.

Datas marcadas
Edmundo Santos Silva vai depor na CPI do Futebol no próximo dia 30. Farah será ouvido no Senado cinco dias antes. Já o depoimento de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, continua sem data definida.

Sem defesa
Fabiane dos Santos, pega no antidoping em maio, deve abrir mão do julgamento na Confederação Brasileira de Atletismo e fazer sua defesa diretamente à Iaaf. A meio-fundista irá utilizar o mesmo dispositivo que rendeu a absolvição de Sanderlei Parrela no ano passado.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Edmundo Santos Silva, sobre as acusações de que estaria fugindo da CPI:
- Não sou homem disso. A vinda da dentista do Senado serviu para mostrar a verdade. Ela atestou que o meu problema na boca era mais grave do que estavam falando.

CONTRA-ATAQUE

Roupa suja

Que uma crise sem precedentes atinge o atual futebol brasileiro, isso não é mais novidade.
Se grandes clubes, como Vasco e Flamengo, viram-se mergulhados em problemas com o final de suas milionárias parcerias, a situação de equipes menores é ainda pior.
O Moto Club, do Maranhão, que disputa a terceira divisão do Brasileiro, é um bom exemplo. Com o salário atrasado há quatro meses, o jogador Marcinho faltou a um treino porque não tinha dinheiro para pagar o ônibus. O atacante André diz estar passando fome porque teve a verba de alimentação cortada.
O cúmulo da falta de dinheiro do time, o último colocado do Grupo B (Série C do Brasileiro), pôde ser constatado no treino de ontem, em São Luís. Os reservas tiveram que jogar sem camisa, como na época de amador.
O motivo? A lavadeira contratada pelo time confiscou os uniformes alegando que o Moto Club estava lhe devendo R$ 280 de lavagens não pagas.
O material de treinamento só foi liberado depois que um dirigente quitou a dívida.



Próximo Texto: Guga perde blindagem com série de derrotas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.