São Paulo, quinta-feira, 18 de outubro de 2001

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FUTEBOL

Mesmo com investimento e organização, grandes do Estado ainda são coadjuvantes na elite da modalidade

Times paranaenses tentam converter estrutura em título

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

No futebol paranaense não faltam bons estádios nem bons centros de treinamento. Dinheiro, se não sobra, também não é problema. A estrutura é das melhores do país. Isso, no entanto, ainda não foi traduzido em conquistas nacionais para os três grandes clubes do Estado: Atlético-PR, Coritiba e Paraná Clube.
Neste ano, com duas equipes na zona de classificação do Nacional -Atlético-PR, quarto, com 34 pontos, e Paraná, sétimo, com 28-, os paranaenses esperam quebrar essa escrita -desde 1985, quando o Coritiba foi campeão brasileiro, o Estado não conquista um título nacional.
Enquanto Estados com menos tradição no futebol fizeram campeões nacionais, como Santa Catarina, com o Criciúma, na Copa do Brasil, em 1991.
Com a criação do Paraná, em 1989, resultado da fusão entre o Colorado e o Pinheiros, o futebol paranaense experimentou o maior crescimento de sua história no em termos de estrutura.
Na verdade, o novo clube "acordou" os rivais. O Coritiba e o Atlético-PR estavam estagnados.
Em apenas 12 anos de existência, o Paraná conquistou seis títulos estaduais e, em 1993, chegou à divisão de elite do Brasileiro.
"O futebol paranaense vem crescendo desde 1994. O nascimento do Paraná fez com que o Atlético e o Coritiba acordassem. Eles começaram a investir", disse o superintendente de futebol do Paraná, Ocimar Bolicenho.
"Quando o Paraná ascendeu, estávamos [Coritiba e Atlético-PR" na segunda divisão, o que nos criou um desafio muito grande", declarou o presidente do Coritiba, Francisco Araújo.
O Atlético-PR, por exemplo, investiu pesado na construção da Arena da Baixada, considerado o estádio mais moderno do país, e no CT do Caju, igualmente sofisticado, com cinco campos oficiais, um miniestádio e um hotel.
"Isso é fruto de um trabalho de planejamento e organização. O time tem privilegiado os investimentos em infra-estrutura e está começando a colher os frutos agora", afirmou o presidente atleticano, Marcus Coelho.
Já o CT do Coritiba, cujas obras foram iniciadas em 1996 e custou R$ 9 milhões, conta com cinco campos, salas de fisioterapia e fisiologia e alojamento para atletas das categorias de base.
O Couto Pereira, maior estádio do Paraná, com capacidade para 55 mil pessoas, também passou por melhorias nos últimos três anos, com reformas do gramado e vestiários, instalação de elevadores e construção de camarotes. "Quando os clubes capitalizarem essa estrutura e conseguirem manter os craques aqui, colheremos os frutos disso [títulos]", afirmou o presidente do Coritiba.


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