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Carlos Alberto volta, treina só e diz que Leão mentiu
LUÍS AUGUSTO SÍMON
DO AGORA
Foram 21 solitárias voltas no
gramado do Parque São Jorge,
a partir das 9h30, incentivado
apenas por Carlos Pimentel,
auxiliar de preparação física.
Pouco suado, sem demonstrar cansaço, o jogador, meia
hora depois, chegou à sala de
imprensa do Corinthians e deu
sua primeira entrevista depois
de ser afastado do elenco, dia 11,
após a derrota por 4 a 2 sobre o
Lanús. E não teve palavras
muito agradáveis ao técnico
Leão, com quem bateu boca.
"Ele disse que me tirou de
campo no jogo contra o Lanús
porque eu ia ser expulso. Não
foi nada disso. Antes da minha
saída teve um caso muito desagradável que eu só vou contar
depois da reunião de amanhã
[hoje]", disse Carlos Alberto. A
reunião é entre Richard Alda,
seu procurador, e Edvar Simões, diretor de futebol. Carlos
Alberto pede que o presidente
Alberto Dualib também esteja
presente. "Vai ser bom para a
gente colocar tudo a limpo".
Carlos Alberto falou que está
pronto para jogar e conta que
não voltou por causa de Leão.
"Eu sempre dei tudo pelo Corinthians e estou louco para jogar. Só não estou em campo
porque ele não quer. Eu faço o
que mandarem. Se for para
treinar a pé, eu vou. Só que não
sou idiota. Se não me quiserem
mais é bom avisar, para eu cuidar da minha vida."
Ao mesmo tempo que colocou a responsabilidade nas costas de Leão, o meia afirmou que
não tem raiva do treinador.
Só que ironizou o pedido de
punição que foi feito pelo técnico, sob alegação de que às vezes
um pai precisa punir um filho.
"Pela idade, ele pode ser meu
avô, não meu pai. O meu pai é
meio pretinho, como eu, e também me deu uns castigos, mas
desse jeito não. Não posso reclamar porque não sei como o
Leão trata os filhos dele."
O procurador do atleta, Richard Alda, também criticou
Leão. "Ele tem uma liderança
muito frágil. Precisa de confronto e procurou um menino
de 22 anos para se impor", disse. "O Carlos Alberto vinha se
queixando muito do Leão. Tinha coisas que ele não entendia, mas aceitava", completou.
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