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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br
Ataque ao líder e à vaga
O Santos chegou ao gol número 168 do ano, na derrota
por 4 a 3 para o São Paulo.
Num ano só, o clube não fazia tantos gols desde 1972,
quando o ataque comandado por Pelé fez 182.
Mesmo assim, o Brasileirão é liderado pelos dois times de melhor defesa, Cruzeiro e Fluminense. Melhorar a defesa era a preocupação manifestada pelo técnico interino Marcelo Martelotte, na sexta, ao dizer que
sua equipe não tem mais a
característica de vencer jogos por 4 a 3 ou 5 a 4, como
no primeiro semestre.
O clássico San-São só não
o desmentiu, porque o 4 a 3
foi derrota, não vitória. Isso
aconteceu porque seu elenco continua com vocação
para atacar, mas sem a facilidade para furar defesas
que possuía no primeiro semestre. Embora tenha feito
três gols, não transformou
posse de bola em vitória.
Faltou drible, tabela, chute.
E então, o Santos sofreu
contra-ataques, como os do
terceiro e do quarto gols
são-paulinos.
A combinação de resultados da rodada permite imaginar que o Santos seja candidato à reação. São seis
pontos para tirar e a melhor
tabela pela frente. No próximo domingo, enquanto o
Corinthians recebe o Palmeiras, o Fluminense enfrenta o Grêmio e o Cruzeiro
pega o Atlético-MG, o Santos pega o Prudente, na Vila.
E terá Neymar. Contra o
São Paulo, ele não brilhou, a
não ser num drible sobre
Jean no início do jogo e na
queda teatral com que induziu o árbitro Sandro Meira
Ricci a marcar o pênalti do 3
a 3. De pênalti, fez seu décimo gol no Brasileirão, 34º
no ano -só Jonas marcou
mais no país neste ano- e o
terceiro nos sete jogos da
reação com que o Santos diminuiu a distância para o líder de 12 para seis pontos.
A mesma distância do
São Paulo para a vaga na Libertadores. Ou do Flamengo para o líder, há um ano.
DEFENDER NÃO BASTA
Na crise, o Corinthians se
armou para se defender antes
de atacar o Guarani. Foi pouco. A esta altura, defender
não dá a taça. Por telefone,
Tite diz confiar na arrumação
do time que conhece desde
2009, quando dirigia o Inter e
perdeu a final da Copa do
Brasil para o Corinthians. Em
2009, o Inter, de Tite, foi o melhor ataque do país (156 gols).
A volta ao Corinthians corrige
a injustiça da demissão, por
Kia Joorabchian, em 2005.
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