São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

Ataque ao líder e à vaga

O Santos chegou ao gol número 168 do ano, na derrota por 4 a 3 para o São Paulo. Num ano só, o clube não fazia tantos gols desde 1972, quando o ataque comandado por Pelé fez 182.
Mesmo assim, o Brasileirão é liderado pelos dois times de melhor defesa, Cruzeiro e Fluminense. Melhorar a defesa era a preocupação manifestada pelo técnico interino Marcelo Martelotte, na sexta, ao dizer que sua equipe não tem mais a característica de vencer jogos por 4 a 3 ou 5 a 4, como no primeiro semestre.
O clássico San-São só não o desmentiu, porque o 4 a 3 foi derrota, não vitória. Isso aconteceu porque seu elenco continua com vocação para atacar, mas sem a facilidade para furar defesas que possuía no primeiro semestre. Embora tenha feito três gols, não transformou posse de bola em vitória. Faltou drible, tabela, chute.
E então, o Santos sofreu contra-ataques, como os do terceiro e do quarto gols são-paulinos.
A combinação de resultados da rodada permite imaginar que o Santos seja candidato à reação. São seis pontos para tirar e a melhor tabela pela frente. No próximo domingo, enquanto o Corinthians recebe o Palmeiras, o Fluminense enfrenta o Grêmio e o Cruzeiro pega o Atlético-MG, o Santos pega o Prudente, na Vila.
E terá Neymar. Contra o São Paulo, ele não brilhou, a não ser num drible sobre Jean no início do jogo e na queda teatral com que induziu o árbitro Sandro Meira Ricci a marcar o pênalti do 3 a 3. De pênalti, fez seu décimo gol no Brasileirão, 34º no ano -só Jonas marcou mais no país neste ano- e o terceiro nos sete jogos da reação com que o Santos diminuiu a distância para o líder de 12 para seis pontos.
A mesma distância do São Paulo para a vaga na Libertadores. Ou do Flamengo para o líder, há um ano.

DEFENDER NÃO BASTA
Na crise, o Corinthians se armou para se defender antes de atacar o Guarani. Foi pouco. A esta altura, defender não dá a taça. Por telefone, Tite diz confiar na arrumação do time que conhece desde 2009, quando dirigia o Inter e perdeu a final da Copa do Brasil para o Corinthians. Em 2009, o Inter, de Tite, foi o melhor ataque do país (156 gols). A volta ao Corinthians corrige a injustiça da demissão, por Kia Joorabchian, em 2005.


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