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A formaBasquete muda regras para tentar se aproximar da NBA, promessa feita pela Fiba em 2008
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
A Fiba (Federação Internacional de Basquete) concluiu, no último dia 1º, mais
um importante passo rumo à
unificação das regras do basquete mundial às da NBA.
Todas as competições iniciadas neste mês têm de obedecer a normas estabelecidas
em 2008, programadas para
entrarem em vigor após os
Mundiais adulto masculino e
feminino desta temporada.
O aumento em 50 centímetros na linha dos três pontos,
a marcação de um semicírculo no piso imediatamente
abaixo do aro e o formato dos
garrafões são influências diretas da liga norte-americana
de basquete profissional.
"Houve um debate acalorado com nossos técnicos, e
as mudanças foram aprovadas por muito pouco", relatou o suíço Patrick Baumann, secretário-geral da Fiba, no anúncio das alterações, em abril de 2008.
Foi nesta época que o dirigente tornou pública a intenção de equalizar, em dez
anos, normas do basquete internacional com as da NBA.
A linha dos três pontos,
por exemplo, ainda está 25
cm abaixo da dos EUA.
O primeiro torneio de peso
a ter regras novas no Brasil é
o NBB (Novo Basquete Brasil), com início marcado para
o próximo dia 29, com duelo
entre o atual campeão, o Brasília, e o São José (SP).
O presidente da LNB (Liga
Nacional de Basquete), Kouros Monadjemi, está reticente quanto às mudanças. "Alterar as regras constantemente é complicado, porque
o torcedor pode se atrapalhar, e isso não é bom para o
esporte", disse o dirigente.
Entre atletas e treinadores,
não há dúvidas. "O jogo ficará muito mais emocionante",
previu Hélio Rubens, técnico
do Franca, que carrega nas
costas a experiência de 50
anos no basquete -a primeira metade foi como jogador, e
a outra, como treinador.
"Muitas equipes vão ter
que mudar o estilo de jogar,
porque aumentou a área interna", disse José Neto, técnico do Palmeiras e auxiliar do
argentino Rubén Magnano
na seleção brasileira durante
o Mundial da Turquia.
Ele se refere ao espaço no
garrafão, que dá maior possibilidade de infiltrações. "Estou acompanhando a Liga
Espanhola e, lá, eles já me
parecem adaptados às novas
regras", comentou Neto.
Os jogadores também gostaram. "Vai dar para ganhar
muito jogo com a nova regra
de reposição nos minutos finais", disse Alex Garcia, ala-
-armador do Brasília e integrante da equipe nacional
que terminou em nono no último Campeonato Mundial.
A redução no tempo de
posse de bola nas reposições
força as equipes a utilizar
uma estratégia mais objetiva
no setor ofensivo contra as
defesas mais agressivas.
"Para os alas, sobrou mais
espaço", vibrou o ala norte-
-americano Shamell, terceiro
cestinha do Paulista desta
temporada pelo Pinheiros.
Com as agências de notícias
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