São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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A forma

Basquete muda regras para tentar se aproximar da NBA, promessa feita pela Fiba em 2008

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

A Fiba (Federação Internacional de Basquete) concluiu, no último dia 1º, mais um importante passo rumo à unificação das regras do basquete mundial às da NBA.
Todas as competições iniciadas neste mês têm de obedecer a normas estabelecidas em 2008, programadas para entrarem em vigor após os Mundiais adulto masculino e feminino desta temporada.
O aumento em 50 centímetros na linha dos três pontos, a marcação de um semicírculo no piso imediatamente abaixo do aro e o formato dos garrafões são influências diretas da liga norte-americana de basquete profissional.
"Houve um debate acalorado com nossos técnicos, e as mudanças foram aprovadas por muito pouco", relatou o suíço Patrick Baumann, secretário-geral da Fiba, no anúncio das alterações, em abril de 2008.
Foi nesta época que o dirigente tornou pública a intenção de equalizar, em dez anos, normas do basquete internacional com as da NBA.
A linha dos três pontos, por exemplo, ainda está 25 cm abaixo da dos EUA.
O primeiro torneio de peso a ter regras novas no Brasil é o NBB (Novo Basquete Brasil), com início marcado para o próximo dia 29, com duelo entre o atual campeão, o Brasília, e o São José (SP).
O presidente da LNB (Liga Nacional de Basquete), Kouros Monadjemi, está reticente quanto às mudanças. "Alterar as regras constantemente é complicado, porque o torcedor pode se atrapalhar, e isso não é bom para o esporte", disse o dirigente.
Entre atletas e treinadores, não há dúvidas. "O jogo ficará muito mais emocionante", previu Hélio Rubens, técnico do Franca, que carrega nas costas a experiência de 50 anos no basquete -a primeira metade foi como jogador, e a outra, como treinador.
"Muitas equipes vão ter que mudar o estilo de jogar, porque aumentou a área interna", disse José Neto, técnico do Palmeiras e auxiliar do argentino Rubén Magnano na seleção brasileira durante o Mundial da Turquia.
Ele se refere ao espaço no garrafão, que dá maior possibilidade de infiltrações. "Estou acompanhando a Liga Espanhola e, lá, eles já me parecem adaptados às novas regras", comentou Neto.
Os jogadores também gostaram. "Vai dar para ganhar muito jogo com a nova regra de reposição nos minutos finais", disse Alex Garcia, ala- -armador do Brasília e integrante da equipe nacional que terminou em nono no último Campeonato Mundial.
A redução no tempo de posse de bola nas reposições força as equipes a utilizar uma estratégia mais objetiva no setor ofensivo contra as defesas mais agressivas.
"Para os alas, sobrou mais espaço", vibrou o ala norte- -americano Shamell, terceiro cestinha do Paulista desta temporada pelo Pinheiros.


Com as agências de notícias


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