São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 2011

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LÚCIO RIBEIRO

Steve Jobs e o futebol


As revoluções do fundador da Apple, pai do iPhone, podem ser vistas até no Brasileirão

NÃO SEI VOCÊ, mas eu não consigo mais assistir a um jogo de futebol sem estar com o iPhone na mão. Seja no estádio ou diante da TV. E não é para fazer telefonemas.
Digo iPhone, mas pode ser qualquer telefone "smart" conectado à internet. É que o aparelho da Apple tem esses aplicativos sem-fim que o transforma em vários aparelhos. Acho que o iPhone é o novo radinho de pilha (o novo jornal, a nova revista, a nova TV, o novo "papo de botequim"...).
No Pacaembu, em um jogo Corinthians x Flamengo, perdi um gol do Liedson porque estava olhando a galera comentar o jogo no Twitter.
O Twitter em si é incrível no exercício de ver futebol. Seja para a segmentação, seguindo só torcedores do seu time (que "comentam" sem o meio-termo polido de "especialistas"), ou, no geral, para conferir o calor de uma rodada inteira.
Tem narradores de Twitter, comentaristas de Twitter. Cheguei a saber de um cara que, no estádio, passava o jogo gravando suas impressões em áudio, com o celular, e as postava na rede social. Juro que acho que o novo José Silvério, o novo Tostão vão nascer do Twitter.
Aquele Santos 4 x 5 Flamengo parou um jantar. No restaurante, na hora do dramático fim do jogo, uns quatro marmanjos (eu no meio) largaram os pratos e as acompanhantes para ficarem vidrados no celular, seguindo os informes ao vivo do jogo no Twitter.
Os vascaínos informaram via Twitter e Facebook que havia algo de muito errado com o técnico Ricardo Gomes no jogo contra o Flamengo. Quem estava vendo outra partida na TV, e tem o pay-per- -view do Brasileiro, botou logo no jogo do Vasco e viu ao vivo a tragédia pessoal do treinador.
Por meio de um app (aplicativo) chamado Tango, um amigo ligou (de graça) para mim de Berlim. Ele estava no estádio (com Wi-Fi) vendo o Hertha jogar. Como o Tango tem câmera, eu, daqui do Brasil, vi trecho do jogo lá na Alemanha ao vivo, por meio do iPhone dele.
Nem é preciso meu amigo. Com um app chamado SlingPlayer, assisto à minha TV de casa onde estiver. Então, sentado na arquibancada vendo o jogo X, posso não só sintonizar o jogo X no iPhone para ver replays como o jogo Y para secar um rival.
É por essas e outras que, numa rodada dessas atrás, devia ter sido prestado, com um minuto de silêncio, um tributo ao nerd tecnológico Steve Jobs, que morreu no último dia 5. O fundador da Apple, pai de iPod, iPad, iPhone, ajudou ou está ajudando a revolucionar a experiência de ver um jogo de futebol. Hum, vou lá tuitar essa última frase.



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