São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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PAINEL FC

Transição
O secretário-executivo do Ministério do Esporte, José Luiz Portella, tem encontro marcado hoje, no final da tarde, com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Será a primeira vez que o próximo e o atual governo debatem o setor.

Notáveis
Portella não é o único convidado do encontro, que acontecerá em São Paulo. Ex-jogadores de futebol, como Sócrates, Wladimir, Raí e Tostão também deverão tomar parte na reunião.

Relatório
Se for questionado pelo presidente eleito, Portella disse que pretende dar detalhes sobre a MP 79, que será publicada amanhã no "Diário Oficial" da União e que estabelece regras para o Esporte, mas só será votada na próxima legislatura.

Reforço extra
Uma equipe da RAI, TV da Itália, que acompanhou o jogo do Palmeiras não se conteve no estádio Barradão. Antes mesmo do início da partida, os "torcedores" já gritavam frases como "Forza Palmeiras" e uma série de palavrões em italiano.

Coisa de cinema
Parece até piada: antes do jogo do Palmeiras a TV Globo levou ao ar ontem à tarde o filme "Missão Impossível".

Irmãos na dor...
O rebaixamento do Palmeiras aliviou o vexame da Lusa. Dirigentes do clube ontem, ao perceberem que a derrota para o Bahia estava decretada, passaram a torcer pela queda do rival. "Teremos Palmeiras x Portuguesa na Série B", dizia um luso que integra a versão portuguesa da "turma do amendoim".

... e na virada
Há também uma esperança de que, com a queda de Palmeiras e Botafogo, possa haver uma virada de mesa no ano que vem, que beneficiaria a Lusa, a melhor colocada entre quatro rebaixados.

Panela...
Rádios baianas que acompanharam a partida da Lusa ontem em Mogi Mirim divulgaram que houve pressão de políticos, inclusive do governador do Estado, César Borges (PFL), para que o Vitória se esforçasse diante do Palmeiras em Salvador.

...de pressão
Uma vitória do Palmeiras poderia rebaixar o Bahia. Até Antônio Carlos Magalhães teria pedido aos dirigentes do Vitória que ajudassem o rival.

Passo adiante
Oswaldo de Oliveira está muito próximo da seleção brasileira. Se não fizer nenhuma grande besteira na fase final do Brasileiro, o técnico do São Paulo deverá comandar o time nacional no ano que vem, principalmente se Luiz Felipe Scolari, o comandante do penta, acertar, como parece provável, com a Federação Portuguesa de Futebol.

Lá e cá
Dentro do São Paulo também é grande a expectativa de que o treinador troque o Morumbi pela seleção. Rumores dão conta de que o time já teria recebido um fax da CBF comunicando-o da possibilidade de Oliveira desfalcar a equipe em 2003.

Resta um
A resistência de Ricardo Teixeira ao nome de Oliveira diminui a cada dia e, por exclusão, o são-paulino é o favorito, já que Emerson Leão está brigado com o chefão, Wanderley Luxemburgo está em baixa e Carlos Alberto Parreira já disse que não quer ser o técnico. A menos que o último mude de idéia...

Estoque antigo
Os papéis timbrados da CBF ainda não foram renovados. A última RDI assinada por Ricardo Teixeira, a que extinguiu a Liga Nacional de Clubes, traz o emblema da entidade apenas com quatro estrelas.

Primeiro passo
O presidente Hélio Ferraz reuniu a nova diretoria do Flamengo na última semana para começar a pôr no papel o planejamento do ano que vem. A primeira providência foi a decisão de contratar um profissional para comandar o futebol do clube. Deverá ser um ex-jogador.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do técnico Leão, do Santos, sobre a derrota de seu time ontem, para o São Caetano, que deixou o clube em oitavo lugar na classificação do Brasileiro:
- Classificamos com as calças nas mãos, mas outros times ficaram sem calça.

CONTRA-ATAQUE

Médici, um brasileiro

Após a vitória da seleção sobre a Itália por 4 a 1 na final da Copa do México, em 1970, o presidente Emílio Garrastazu Médici era um dos mais exaltados.
Feliz pelo título e por ainda ter acertado o placar do jogo, Médici bradou que aquele era o maior dia de sua vida e que todos deveriam ver nele, o presidente da República, "um brasileiro igual a todos os brasileiros".
Além de convocar a torcida que estava diante do Palácio da Alvorada para entrar no local e de se misturar a ela com uma bandeira nacional enrolada no corpo, o presidente fez embaixadinhas e, em seu gabinete, falou, por telefone, com Pelé:
- Como vai, presidente?
- Fala, imperador terceiro do Brasil. Aqui é o presidente do Brasil falando com o rei Pelé.
A ligação, então, foi interrompida. De imediato, Médici se dirige a Hygino Corsetti, o ministro das Comunicações, e diz:
- Como é, Corsetti, esse negócio não funciona?
Mais tarde, restabelecida a ligação, Médici elogiou Pelé e ainda passou o telefone para a neta Claudia felicitar o craque.



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