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Fernando é chamado, mas quase não joga
DO ENVIADO A LIMA
DO ENVIADO A TERESÓPOLIS
Robinho é figurinha fácil em
campo pela seleção brasileira.
O volante Fernando é rara.
Ele é convocado com freqüência por Dunga (já fora chamado por Luiz Felipe Scolari).
Mas vê-lo nos gramados é bastante difícil, apesar de não fazer
o papel de iniciante em busca
de experiência na seleção a partir do banco -Fernando já
completou 26 anos.
Segundo dados da CBF, o jogador do Bordeaux foi convocado em 18 oportunidades, mas
só disputou quatro jogos, totalizando 128 minutos em campo.
Isso significa que Fernando
tem uma média de míseros sete
minutos por convocação.
A comparação com outros jogadores que também não são
astros mostra o quanto o volante esquenta o banco -às vezes
nem isso nos jogos das eliminatórias. O zagueiro Naldo, por
exemplo, tem uma média de 21
minutos por convocação.
Quando teve uma chance,
Fernando não a aproveitou.
Na Copa América, na semifinal diante do Uruguai, ele quase estragou a classificação brasileira. Primeiro, entrou estabanado em campo, fez uma falta violenta e recebeu o cartão
amarelo em lance que era até
passível de expulsão.
Depois, na decisão por pênaltis, desperdiçou a sua cobrança
-se não fosse o goleiro Doni, o
Brasil poderia ter ficado sem o
título da competição continental por seu erro.
Anteontem, em Teresópolis,
a Folha tentou conversar com
Fernando, mas ele disse que
não poderia falar sem a autorização da CBF. Longe dos microfones e gravadores, ele até
brinca com sua condição de
eterno reserva da seleção.
Durante a Copa América, ele
fez até piada sobre o assunto
com garotos que buscavam autógrafos de alguns dos integrantes da seleção.
(PC E SR)
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