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No feminino, fisioterapia vira divã
DA REPORTAGEM LOCAL
As dores incomodam, a
recuperação é lenta e gradual, os exercícios não empolgam. Para muitos atletas, passar pela fisioterapia pode ser angustiante.
Outros, porém, encontraram uma segunda função para os minutos gastos
na sala de tratamento.
Antes de chegar ao atual
cargo, Guilherme Tenius,
o Fiapo, trabalhou com
Bernardinho no clube e na
seleção feminina.
Trabalhando com as
mulheres, o fisioterapeuta
descobriu uma nova habilidade, a de ouvinte.
"As jogadoras usavam
aqueles minutos para desabafar. É curioso isso. Era
assim nos dois times. Reclamavam, contavam de
problemas em casa, no time. Era um momento em
que, acho, sentiam que tinham atenção. Mulher é
muito mais sensível. Eu
aprendi a ouvir", conta ele.
Quando recebeu a proposta para ir para a equipe
masculina, Fiapo ficou
ressabiado. Hoje, acha
muito tranqüilo trabalhar
com esse grupo.
"Com homem, as coisas
são mais diretas. Eles também são mais fechados, é
mais cada um na sua, apesar de a gente conversar e
brincar bastante", diz.
Fiapo acompanhou toda
a evolução do time campeão olímpico e bi mundial nos últimos sete anos.
E diz que as reclamações
diminuíram um pouco.
"Atualmente eles não
precisam treinar tanto.
Era cansativo mesmo.
Eles estão mais maduros,
não precisam de tanta repetição. E têm uma maior
limitação física também",
declara Fiapo.
(ML)
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