São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

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No feminino, fisioterapia vira divã

DA REPORTAGEM LOCAL

As dores incomodam, a recuperação é lenta e gradual, os exercícios não empolgam. Para muitos atletas, passar pela fisioterapia pode ser angustiante.
Outros, porém, encontraram uma segunda função para os minutos gastos na sala de tratamento.
Antes de chegar ao atual cargo, Guilherme Tenius, o Fiapo, trabalhou com Bernardinho no clube e na seleção feminina.
Trabalhando com as mulheres, o fisioterapeuta descobriu uma nova habilidade, a de ouvinte.
"As jogadoras usavam aqueles minutos para desabafar. É curioso isso. Era assim nos dois times. Reclamavam, contavam de problemas em casa, no time. Era um momento em que, acho, sentiam que tinham atenção. Mulher é muito mais sensível. Eu aprendi a ouvir", conta ele.
Quando recebeu a proposta para ir para a equipe masculina, Fiapo ficou ressabiado. Hoje, acha muito tranqüilo trabalhar com esse grupo.
"Com homem, as coisas são mais diretas. Eles também são mais fechados, é mais cada um na sua, apesar de a gente conversar e brincar bastante", diz.
Fiapo acompanhou toda a evolução do time campeão olímpico e bi mundial nos últimos sete anos. E diz que as reclamações diminuíram um pouco.
"Atualmente eles não precisam treinar tanto. Era cansativo mesmo. Eles estão mais maduros, não precisam de tanta repetição. E têm uma maior limitação física também", declara Fiapo. (ML)


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