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medo
Acuado, Palmeiras reforça segurança
Agressão a Vanderlei Luxemburgo em Congonhas faz dirigentes temerem por integridade da equipe e de seu treinador
Clube, que amanheceu com portões pichados pela 3ª vez neste Brasileiro, terá ajuda do Ministério Público para apurar ameaças a diretor
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras vai reforçar a segurança para evitar que episódios como o da última sexta-feira, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo foi agredido
por torcedores no aeroporto de
Congonhas, voltem a se repetir.
O diretor de futebol Genaro
Marino afirmou que o assunto
será tratado em reunião, hoje.
"Em função do que aconteceu, até para deixar o Luxemburgo mais seguro já sugerimos
que tivesse isso [reforço] no desembarque", disse Marino.
Anteontem à noite, um ônibus foi buscar a delegação que
vinha do Rio na pista do aeroporto, enquanto alguns torcedores aguardavam o time com
sacos de pipocas em mãos.
Ontem, os portões do CT foram pichados com frases de
protesto contra o time e o treinador. Foi a terceira vez no
Brasileiro que a torcida protestou desta forma.
"Vamos ter de nos preocupar
com ele [Luxemburgo] e com
os jogadores", falou Marino.
Normalmente, de dois a quatro seguranças costumam
acompanhar a delegação em
confrontos realizados fora de
casa. O efetivo poderá ser dobrado daqui em diante.
"Tenho que zelar pela integridade física da comissão e dos
jogadores, então vamos tomar
algumas medidas", reforçou o
vice-presidente do Palmeiras
Gilberto Cipullo.
Após conquistar o Paulista,
campeonato que o clube não
ganhava desde 1996, Luxemburgo começou a receber críticas dentro e fora do Parque Antarctica ao ser eliminado da Copa do Brasil pelo Sport.
No Brasileiro, que chegou a
liderar por duas rodadas, a situação ficou tensa a partir da
derrota por 3 a 0 para o Fluminense, no dia 25 de outubro,
quando o goleiro Marcos reclamou da atuação da equipe e foi
repreendido pelo treinador.
Luxemburgo teria outro atrito com o capitão e principal
ídolo atual da equipe depois do
revés (1 a 0) diante do Grêmio.
Após aquela partida, viu seu
carro ser cercado por alguns sócios e um conselheiro quando
deixava o estádio palmeirense.
Em meio ao Nacional o técnico foi alvo de polêmica quando,
depois de decidir não viajar
com o time para Buenos Aires,
apareceu na TV comentando a
eliminação de seus comandados da Copa Sul-Americana.
O estopim na relação entre
Luxemburgo e torcida aconteceu na última sexta-feira, quando o Palmeiras embarcou para
o Rio de Janeiro. Integrantes
da Mancha Alviverde, principal
organizada do clube, entraram
em choque com o técnico.
No dia seguinte, a diretoria se
reuniu com o treinador. Segundo Genaro Marino, Luxemburgo, que usava uma tipóia no
braço direito em virtude da fratura no cotovelo sofrida durante o atrito com a Mancha, perguntou se o trabalho dele ainda
era desejado no clube.
O medo de uma nova manifestação da torcida atinge, também, alguns cartolas. O diretor
de futebol Savério Orlandi declarou anteontem ter recebido
ameaças de morte pelo celular.
"Além de identificar quem
bateu no Luxemburgo, vamos
tentar identificar também
quem ameaçou o Savério. Já falei com ele", afirmou o promotor Paulo Castilho, do Ministério Público de São Paulo.
Colaborou PAULO GALDIERI,
da Reportagem Local
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