São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

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Vice, Ronaldinho busca consolo da Fifa

Um dia após a derrota no Japão, jogador deve receber, pela 3ª vez consecutiva, prêmio de melhor do mundo da entidade

Astro do Barcelona falhou em dois dos três principais torneios que disputou em 2006, a Copa do Mundo e o Mundial de Clubes


Itsuo Inouye/Associated Press
Em meio à festa dos jogadores do Internacional após a conquista do Mundial de Clubes em Yokohama, Ronaldinho, eleito o terceiro melhor atleta do campeonato, acena enquanto deixa o campo

DA REPORTAGEM LOCAL

Ronaldinho estará hoje na Suíça para, provavelmente, ser coroado fora de campo com o título que deixou escapar dentro dele, o de melhor do mundo.
O jogador do Barcelona viaja para Zurique, na Suíça, para a cerimônia de premiação da eleição anual feita pela Fifa.
Mais do que um concorrente, o brasileiro é o virtual ganhador. Ele deve ser anunciado vencedor, à frente do italiano Fabio Cannavaro e do francês Zidane, segundo e terceiro colocados, respectivamente.
O resultado havia sido antecipado na semana passada pelo diário "Marca", da Espanha.
Ontem, porém, a rádio espanhola "Cadena Ser" e o jornal italiano "Gazzeta dello Sport" diziam que Cannavaro levará a honraria. Ronaldinho atingiria apenas na terceira posição.
Se de fato ficar com o título, o brasileiro será o primeiro jogador da história a ganhá-lo por três anos consecutivos.
Mas, ao contrário das outras duas vezes -em 2004 e 2005-, o gosto do prêmio será amargo.
Isso porque Ronaldinho fracassou em duas das principais competições do ano: a Copa do Mundo e o Mundial de Clubes.
No primeiro torneio, naufragou com a seleção ultrafavorita ao hexa. Mais do que isso, não repetiu em nenhum dos cinco jogos na Alemanha suas atuações com a camisa do Barcelona. As seqüelas disso ainda são sentidas pelo jogador com relação ao time nacional. Desde que Dunga assumiu como técnico, Ronaldinho perdeu o posto de titular inconteste e chegou ficar fora de amistosos.
No clube catalão, a decepção também ocorreu. O revés ontem enterrou a chance do atleta de fechar 2006 com a redenção, outorgada pelo inédito título mundial para o time espanhol.
Mesmo no torneio mais relevante que venceu, a Copa dos Campeões, ele não conseguiu brilhar no jogo decisivo. Na final contra o Arsenal, em maio, em Paris, Belletti fez o gol do título e, ao lado do camaronês Eto'o e do sueco Larsson, foi destaque da partida derradeira.
A presença de Ronaldinho na cerimônia de premiação de hoje foi garantida pela Fifa, que colocou um avião fretado à disposição do jogador para viajar do Japão à Suíça logo após a decisão do Mundial de Clubes.
Sorte dele que a viagem é longa. No vôo até a Europa, o atleta pelo menos terá tempo para deixar de lado a frustração da derrota para o Inter e substituir o semblante decepcionado da hora em que recebeu a medalha de vice-campeão pelo sorriso que o caracteriza. (PAULO GALDIERI E RENAN CACIOLI)


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