|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Marta repete feito e cala alemã
Brasileira não vê vitória pessoal na eleição da Fifa como uma revanche pela derrota na final da Copa
Alagoana ainda acredita no futuro do futebol feminino no país e já vislumbra uma medalha na Olimpíada de Pequim, no ano que vem
Steffen Schmidt/Efe
|
|
Ao lado de Cristiane, terceira colocada na eleição da Fifa, Marta segura o troféu de melhor jogadora da temporada, ganho por ela pelo segundo ano consecutivo
DO ENVIADO A ZURIQUE
Pelo menos para Marta, a
derrota para a Alemanha na
Copa do Mundo da China, em
setembro, ganhou um sabor de
vingança ontem no palco da
Ópera de Zurique. A seu lado,
de cara amarrada pelo segundo
lugar, estava a atacante alemã
Birgit Prinz, que levantou a taça de campeã na China.
Prinz, aliás, é bicampeã mundial -foi a melhor do mundo da
Fifa de 2003 a 2005.
Marta, porém, não quis chamar o segundo título de melhor
jogadora do mundo conquistado ontem de revanche.
""É diferente, pois aquela foi
uma derrota da equipe, enquanto que essa foi uma vitória
pessoal", declarou a jogadora
alagoana. ""Mas sem dúvida tem
um sabor especial."
Marta não soube explicar o
semblante sério de sua principal concorrente, que ficou poucos minutos na área reservada
a entrevistas depois da cerimônia, com cara de poucos amigos. ""Como não falo inglês, mal
nos falamos", disfarçou.
Assim como Kaká, Marta teve uma votação esmagadora
dos técnicos e capitãs que participaram da eleição da Fifa.
Ela assegurou que a final da
Copa do Mundo, na qual o Brasil foi derrotado pela Alemanha
por 2 a 0, após atropelar os adversários em uma série de goleadas, já não estava mais engasgada. ""Nos primeiros dias ficamos tristes, mas passou", declarou Marta, que desperdiçou
um pênalti no segundo tempo
da partida decisiva.
A brasileira consegue ver o
futuro do futebol feminino com
certo otimismo. ""Mesmo com a
pouca estrutura que temos no
Brasil estamos sempre entre as
quatro melhores, ganhamos o
Pan-Americano e chegamos à
final na Olimpíada [de 2004] e
no Mundial. E garanto que no
ano que vem vamos lutar pela
medalha de ouro em Pequim
[em 2008]."
(MARCELO NINIO)
Texto Anterior: Bolívia: Lula apóia luta por partidas na altitude Próximo Texto: Para Cristiane, Copa-2014 deixará mulheres ainda mais escondidas Índice
|