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Inquérito aponta fotos de torcida com armas
Com imagens, polícia tenta identificar membros de organizada do Coritiba
Investigação sobre violência no Couto Pereira, que ocorreu no dia 6 de dezembro e que terminou com 18 feridos, resultou em 17 indiciados
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Fotografias apreendidas pela
Polícia Civil do Paraná mostram integrantes de uma torcida organizada do Coritiba exibindo armas de fogo, como pistolas e revólveres.
As imagens dos torcedores
trajando uniformes da organizada Império Alviverde e com
bandeiras do clube paranaense
integram o inquérito policial
concluído nesta semana.
A investigação terminou com
o indiciamento de 17 pessoas
por causa da invasão de campo,
há 11 dias, ocorrida após o empate do Coritiba com o Fluminense, resultado que selou o rebaixamento dos paranaenses
para a Série B. O tumulto no estádio Couto Pereira acabou
com 18 pessoas feridas.
Na última terça-feira, a Justiça Desportiva puniu o clube paranaense com a perda do mando de campo de 30 jogos e o pagamento de uma multa de R$
610 mil. O Coritiba está recorrendo da decisão do tribunal.
As fotos foram localizadas no
arquivo do computador de um
dos 15 torcedores presos no último sábado, em Curitiba.
A polícia diz que o objetivo
agora, com as investigações em
andamento, é identificar quem
são as pessoas que aparecem
segurando as armas e descobrir
como elas foram adquiridas.
Para os policiais, as imagens
são um indício de que membros
da torcida "faziam parte de
uma organização criminosa" e
não eram apenas torcedores de
um clube de futebol.
"As fotos são mais uma prova
de que as torcidas organizadas
devem ser imediatamente extintas. Essas organizações precisam ser revistas juridicamente e, aí sim, criadas de uma maneira que privilegie o torcedor e
acabe com o bandido que usa o
futebol para praticar seus crimes", afirmou o secretário da
Segurança Pública do Paraná,
Luiz Fernando Delazari.
A Folha não conseguiu localizar ontem o presidente da
Império Alviverde, Luiz Fernando Corrêa, para comentar o
caso. Em ocasiões anteriores,
ele disse ser contra a incitação
de violência nos estádios. Afirmou também que estava colaborando com a polícia.
A investigação aponta que a
torcida organizada do Coritiba
tramou a invasão do campo
com dez dias de antecedência
para protestar contra a má
campanha do clube no Campeonato Brasileiro.
A diretoria do Coritiba se diz
"vítima" da organizada. Afirma
que houve ameaças contra dirigentes antes da partida decisiva. Em sua defesa, também declara ter tomado todas as precauções para evitar problemas
no jogo, mas que os agressores
"não se intimidaram" com o reforço na segurança e que, por
isso, o tumulto aconteceria de
qualquer maneira.
Veja mais fotos
divulgadas pela PM
www.folha.com.br/093512
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