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outdoor
Receita com patrocínios aproxima Brasil e Europa
Brasileiros se descolam dos rivais sul-americanos em publicidade no uniforme
Puxados pelo Corinthians, que fechou quinto maior contrato do mundo, clubes do país devem arrecadar
R$ 320 milhões em 2010
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao menos em arrecadação
com patrocínio, os clubes do
Brasil se descolaram definitivamente dos rivais sul-americanos e estão cada vez mais próximos dos grandes da Europa.
Puxados pelo Corinthians
-que vendeu a camisa por R$
38 milhões e espera chegar a R$
50 milhões por ano no total
com a venda de espaço no calção do uniforme- , as equipes
brasileiras devem arrecadar R$
320 milhões em 2010, segundo
projeção feita pela consultoria
Crowe Horwath RCS.
O Flamengo também conseguiu o maior contrato de sua
história, ao fechar com a Brasil
Foods por R$ 25 milhões
anuais. O São Paulo, que recebeu R$ 18 milhões da LG em
2009, espera R$ 30 milhões.
Os valores superam em muito o que os maiores times argentinos arrecadam. Boca Juniors e River Plate, somados,
praticamente empatam com o
Palmeiras, que fechou com a
Samsung.
Com o novo acordo, o Corinthians já tem o quinto maior
patrocínio do mundo, atrás dos
gigantes Real Madrid, Bayern
de Munique, Liverpool e Manchester United. "Nós devemos
isso à recuperação de nossa
credibilidade e ao fator Ronaldo", afirma o presidente corintiano, Andres Sanchez.
A diferença, explica Amir Somoggi, da Crowe, é que na Europa a venda de espaço no uniforme é só uma fração do que os
clubes arrecadam com marketing. "O Barcelona não tem patrocinador na camisa e arrecadou mais de 100 milhões em
2009, só com marketing."
Segundo César Gualdani, diretor da TNS Brasil, braço da
empresa multinacional de pesquisas, os números atingidos
por Corinthians e Flamengo
em 2010 estão próximos do teto. "Mas as empresas estão enxergando futebol como ferramenta de comunicação que
ajuda na construção da marca."
Até dez anos atrás, os clubes
viviam de bilheteria e venda de
jogador. A mudança de perfil
no faturamento se deu ao longo
desta década, quando os times
do país profissionalizaram seus
departamentos de marketing.
"As empresas se deram conta
de que negociavam com profissionais, não com curiosos", diz
Julio Casares, vice de marketing do São Paulo. "No nosso
caso, não tivemos um 2009 glorioso dentro de campo, mas fizemos ações, demos retorno
para os parceiros e por isso
queremos pedir mais."
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