São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

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Porta do caos

Pleito decide hoje o novo presidente do Palmeiras; Arnaldo Tirone, Paulo Nobre ou Salvador Hugo Palaia assumirá clube com cenário de terra arrasada

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Brigas políticas, alto endividamento, torcida revoltada e elenco desmotivado. Esses são só alguns dos ingredientes do caldeirão que se tornou o Palmeiras e que um novo presidente terá de administrar a partir de agora.
Na disputa pela cadeira da presidência estão Arnaldo Tirone, 60, Paulo Nobre, 42, e Salvador Hugo Palaia, 76. Hoje à noite, eles disputam os votos de 288 conselheiros.
Apoiado pelos três últimos ex-presidentes palmeirenses, Mustafá Contursi, Affonso Della Monica e Carlos Facchina Nunes, o oposicionista Tirone, empresário no ramo da construção civil, é o grande favorito para sair vencedor do pleito e comandar o clube no biênio 2011/2012.
Na contabilidade de seus aliados, Tirone será o escolhido com boa vantagem para o segundo mais votado, que deve ser Nobre. Os oposicionistas creem que receberão, no mínimo, 120 votos.
Ancorado no apoio de uma geração mais nova de conselheiros palmeirenses, Nobre lançou sua candidatura.
Ex-piloto de rali e empresário do mercado financeiro, ele começou a campanha sem muito crédito, mas aos poucos foi angariando votos.
Hoje, além do apoio de seu grupo, os Verdes Escuros, conseguiu unir forças com dissidentes da gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo, como Seraphim Del Grande e Genaro Marino, que são candidatos a vice em sua chapa. Sem fazer alarde, Belluzzo também tem prestado apoio a Nobre.
Na contagem do grupo de Nobre, ele tem cerca de 120 votos, ficando só um pouco atrás de Arnaldo Tirone, mas ainda com chances de se eleger, caso conselheiros não compareçam ao pleito.
O grande empecilho para que Nobre seja eleito é Salvador Palaia, vice-presidente da atual gestão, cuja candidatura pode lhe tirar votos decisivos. Por diversas vezes, houve tentativa de unir os grupos para derrotar Tirone na eleição, mas nem Palaia nem Nobre cederam.
Palaia, que assumiu a presidência do clube interinamente no final de 2009 por causa de problemas de saúde de Belluzzo, é o candidato com menos chances na votação desta noite.
Palaia diz que um dos motivos que o fizeram não desistir da candidatura é impedir a eleição de Nobre. Segundo ele, o adversário "rachou a situação do clube". "Foi covarde, porque poderia sair candidato depois", disse Palaia.
Nas contas do grupo de Tirone, Palaia, que é dono de imobiliária, tem cerca de 50 votos. O grupo que apoia Nobre, por sua vez, contabiliza 20 votos para o azarão.
Hoje, além do novo presidente, serão escolhidos quatro vices, 15 membros efetivos e sete suplentes do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras.


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