DA SUCURSAL DO RIO

O Flamengo foi excluído do Refis (programa de refinanciamento de dívidas com a Receita Federal e o INSS) pelo fato de não ter pagado impostos nos últimos meses.
A decisão foi tomada na segunda pelo Comitê Gestor do Programa de Recuperação Fiscal. Fora do Refis, o Flamengo pode sofrer penhoras do governo federal.
Com cerca de R$ 25 milhões no Refis, o Flamengo liderava a lista dos clubes devedores no programa. A exclusão não é inédita. No ano passado, o Fluminense saiu do programa pela mesma causa.
O corte agrava a crise no clube -impedido pela Justiça de renovar o patrocínio com a Petrobras, pelas dívidas com o governo.
O antigo acordo com a estatal acabou em dezembro. Desde então, a empresa exige do clube uma certidão negativa do INSS para renovar o contrato. O valor desse débito é de R$ 1,8 milhão.
Fora do Refis, o clube também terá que renegociar as dívidas que estavam incluídas no programa, para assinar com a Petrobras a nova parceria que lhe renderá R$ 1 milhão por mês em 2004.
"A história fica ainda mais complicada. Mas acredito que vamos assinar o contrato depois do Carnaval", afirmou o presidente do Flamengo, Marcio Braga, no cargo há cerca de dois meses.
Até o fim da tarde, ele dizia que não fora notificado sobre a exclusão do clube do Refis. Na semana passada, a CBF se dispôs a emprestar uma verba ao Flamengo, para pagar a dívida com o INSS.
Ontem, Braga teve reuniões com políticos e funcionários do governo federal em Brasília, na tentativa de amenizar o caos financeiro do clube. Esteve com o ministro da Previdência, Amir Lando. No encontro, conseguiu a emissão da guia de recolhimento para a equipe pagar os cerca de R$ 1,8 milhão que deve ao INSS.


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