São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 2006

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FUTEBOL

Sob risco no cargo e às voltas com caso Marcelinho, Antônio Lopes tenta superar em Mogi quatro paulistas do BR-05

Corinthians corre atrás de rivais da elite

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da bonança de 2005, a tempestade cai forte no Corinthians. Tetracampeão brasileiro desde dezembro, o time do Parque São Jorge enfrenta o Mogi Mirim, no João Paulo 2º, às 16h, atrás de quase todos os paulistas que disputaram o Brasileiro.
Só a Ponte Preta, que escapou do rebaixamento na última rodada, está atrás da equipe de Antônio Lopes -quatro pontos.
O técnico do Corinthians vive um momento delicado. A vitória sobre o Deportivo Cali, pela Libertadores, deu tranqüilidade a Lopes, mas às vésperas do jogo, o treinador viu a calmaria acabar.
Primeiro, pela convulsão que a negociação com Marcelinho já causou no clube. Ídolo para a torcida, o meia-atacante de 35 anos conversa com o clube, mas Lopes só foi consultado após três horas de reunião na sexta entre o presidente, Alberto Dualib, e o atleta.
Além disso, parte do elenco do Corinthians não vê a volta do jogador com bons olhos e sabe que se trata de uma briga política de Dualib, que quer o jogador à revelia da parceira MSI.
Para piorar, Lopes ainda não sabe com que time vai poder contar para a partida de hoje. Carlitos Tevez se queixa de pancadas na canela, enquanto Ricardinho e Marcelo Mattos afirmam sentir dores musculares.
"Vamos ver com o departamento médico com quem podemos contar", disse Lopes, que já antecipou que o meia Roger, ainda fora de forma, será o substituto de Carlos Alberto, suspenso.
Para o meia, que ficou inativo desde outubro devido a uma fratura na fíbula, será um teste difícil.
"Vou tentar jogar os 90 minutos, mas não sei se vou conseguir. Ainda falta alguma coisa fisicamente, mas isso só se consegue jogando", afirmou o meia, que terá função muito ofensiva, posicionado próximo aos dois atacantes.
É fato que um tropeço em Mogi pode significar aceleração no processo de fritura de Lopes, que não satisfaz a diretoria. Mas, se o cargo de técnico no Corinthians sempre foi uma profissão arriscada, no Mogi Mirim atualmente chega às raias da loucura.
Círio Quadros, que trabalhava como auxiliar-técnico na Ulbra-RS e foi indicado pelo empresário Jorge Machado, estréia hoje.
Antes de sua chegada, dois treinadores foram anunciados, mas não assumiram. No domingo, foi a vez Nenê Belarmino, que assistiu à vitoria do Mogi sobre o São Bento. Na segunda, ele alegou não ter sido liberado pelo Sertãozinho e deixou o Mogi.
Na terça, foi anunciado Lourival Santos, que nem chegou a se apresentar, sendo substituído por Quadros. No domingo passado, o time foi comandado por José Carlos Serrão, atual técnico do Pogon, da Polônia, que foi contratado por apenas um jogo para substituir Val de Mello.


Colaborou a Agência Folha, em Mogi Mirim

NA TV - Record (menos Mogi Mirim) e Globo (para SP), ao vivo, às 16h


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