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FUTEBOL
Sob risco no cargo e às voltas com caso Marcelinho, Antônio Lopes tenta superar em Mogi quatro paulistas do BR-05
Corinthians corre atrás de rivais da elite
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da bonança de 2005, a
tempestade cai forte no Corinthians. Tetracampeão brasileiro
desde dezembro, o time do Parque São Jorge enfrenta o Mogi Mirim, no João Paulo 2º, às 16h, atrás
de quase todos os paulistas que
disputaram o Brasileiro.
Só a Ponte Preta, que escapou
do rebaixamento na última rodada, está atrás da equipe de Antônio Lopes -quatro pontos.
O técnico do Corinthians vive
um momento delicado. A vitória
sobre o Deportivo Cali, pela Libertadores, deu tranqüilidade a
Lopes, mas às vésperas do jogo, o
treinador viu a calmaria acabar.
Primeiro, pela convulsão que a
negociação com Marcelinho já
causou no clube. Ídolo para a torcida, o meia-atacante de 35 anos
conversa com o clube, mas Lopes
só foi consultado após três horas
de reunião na sexta entre o presidente, Alberto Dualib, e o atleta.
Além disso, parte do elenco do
Corinthians não vê a volta do jogador com bons olhos e sabe que
se trata de uma briga política de
Dualib, que quer o jogador à revelia da parceira MSI.
Para piorar, Lopes ainda não sabe com que time vai poder contar
para a partida de hoje. Carlitos
Tevez se queixa de pancadas na
canela, enquanto Ricardinho e
Marcelo Mattos afirmam sentir
dores musculares.
"Vamos ver com o departamento médico com quem podemos
contar", disse Lopes, que já antecipou que o meia Roger, ainda fora de forma, será o substituto de
Carlos Alberto, suspenso.
Para o meia, que ficou inativo
desde outubro devido a uma fratura na fíbula, será um teste difícil.
"Vou tentar jogar os 90 minutos, mas não sei se vou conseguir.
Ainda falta alguma coisa fisicamente, mas isso só se consegue jogando", afirmou o meia, que terá
função muito ofensiva, posicionado próximo aos dois atacantes.
É fato que um tropeço em Mogi
pode significar aceleração no processo de fritura de Lopes, que não
satisfaz a diretoria. Mas, se o cargo de técnico no Corinthians
sempre foi uma profissão arriscada, no Mogi Mirim atualmente
chega às raias da loucura.
Círio Quadros, que trabalhava
como auxiliar-técnico na Ulbra-RS e foi indicado pelo empresário
Jorge Machado, estréia hoje.
Antes de sua chegada, dois treinadores foram anunciados, mas
não assumiram. No domingo, foi
a vez Nenê Belarmino, que assistiu à vitoria do Mogi sobre o São
Bento. Na segunda, ele alegou não
ter sido liberado pelo Sertãozinho
e deixou o Mogi.
Na terça, foi anunciado Lourival
Santos, que nem chegou a se apresentar, sendo substituído por
Quadros. No domingo passado, o
time foi comandado por José Carlos Serrão, atual técnico do Pogon, da Polônia, que foi contratado por apenas um jogo para substituir Val de Mello.
Colaborou a Agência Folha, em
Mogi Mirim
NA TV - Record (menos
Mogi Mirim) e Globo (para
SP), ao vivo, às 16h
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