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De molho, Cafu prevê
luta dura por posição
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Submetido a três intervenções
cirúrgicas na quinta-feira, em
uma das piores fases de sua carreira, o capitão da seleção, Cafu,
espera retornar aos campos com
mais fôlego em três ou quatro semanas. E já imagina disputa por
posição na equipe comandada
por Carlos Alberto Parreira.
O lateral reconheceu que, quando voltar, terá de brigar por uma
lugar de titular. Sua sombra é Cicinho, que vive boa fase no Real
Madrid. "Ninguém tem posição
garantida", declarou ontem, no
Rio, em entrevista coletiva para
falar de sua recuperação.
Ele sofreu uma artroscopia no
joelho esquerdo, uma cirurgia para tirar as amígdalas e ainda corrigiu o septo nasal. A maior parte
da fisioterapia será no Brasil.
Ontem pela manhã, Cafu ainda
tinha dificuldades para falar e respirar, e seu nariz estava inchado.
"Vou ficar sofrendo esses cinco
dias com o nariz e a garganta, que
estão doendo", contou o jogador.
"Mas depois devo ter mais facilidade na respiração."
A tese é apoiada pelo médico da
seleção José Luiz Runco, que operou o seu joelho. Para ele, o período de recuperação para a artroscopia é de três semanas, quando
Cafu poderá retornar aos campos.
A primeira etapa do processo
será no Rio, com o médico ao lado. A partir de terça-feira, Cafu
continuará a fisioterapia com
Luiz Alberto Rosan, também da
seleção, provavelmente no Centro
de Treinamento do São Paulo.
Depois, voltará a Milão, onde
será complementada sua readaptação aos gramados.
Assim, Cafu espera se livrar do
inferno astral que começou no final do ano passado.
No período, seu sogro morreu,
seu pai foi submetido a duas operações, ele sofreu três contusões e
amargou a reserva no Milan. Antes do joelho, o jogador teve problemas no adutor direito e também na cintura.
"Nunca tive tantos problemas
de contusão na minha carreira",
contou. "Mas depois da tempestade, sempre vem o arco-íris."
Cafu pediu para ser operado no
Brasil, obtendo a autorização da
direção do Milan.
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