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Nanicos inovam, importam atleta e são só sorrisos
DA REPORTAGEM LOCAL
Para ascender no Rio, o
Americano, time de melhor desempenho nos últimos anos,
dispensa jogadores do Estado.
Para o Madureira, qualquer
técnico serve. Na Cabofriense,
há dirigente apaixonado pelo
Flamengo, mas doido para o time ficar no buraco.
Em comum, todos os clubes
pequenos dividem o perfil folclórico e palpiteiro de seus cartolas. Mas dizem ser mais organizados que os grandes, aplicando bem a ajuda que vem
das prefeituras locais.
O dinheiro do município de
Campos só vai para imigrantes,
já que dirigentes do Americano
não confiam em atletas do Rio.
"Desde 2002, quando fomos
vice-campeões, só trazemos jogadores de fora. Os do Rio não
gostam de trabalhar. Então
buscamos atletas do interior de
SP, MT, GO, MG e outros lugares, porque esses caras têm
vontade de vencer na vida", diz
o presidente César Gama.
Fruto disso, ele aponta os cinco últimos anos, em que o clube ficou entre os quatro primeiros do Estado. "Aqui o cara
não fica rico, mas com certeza
vai arranjar um bom emprego
depois. Vai aparecer", afirma.
Líder do Grupo B no segundo
turno, a diretoria do Madureira
adota tática peculiar: não se importa com técnico que comanda o time. Já teve três em um
torneio de menos de dois meses. "Técnico é tudo igual. São
poucos os que se diferenciam,
como [Vanderlei] Luxemburgo, Leão e PC Gusmão", diz o
presidente Elias Duba.
A Cabofriense, clube que lidera o Grupo A ao lado do
Americano, tem no seu presidente, Waldemir Mendes, um
flamenguista apaixonado. Mas
ele é o primeiro a querer ver o
seu time do coração mal.
"Fico chateado em ver o Flamengo nessa situação. Mas no
campeonato é diferente. Quero
que se dane. Se puder dar de
dez neles, eu dou", fala Mendes, que pelo Estadual bateu o
time da Gávea por 2 a 1.
Ele critica a falta de organização dos times grandes. "O Botafogo não tem campo para
treinar. O Flamengo não tem
CT. O estádio do Fluminense é
pequeno. Só o Vasco é que é o
melhorzinho."
(TA)
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