DA ENVIADA A MELBOURNE

Lewis Hamilton, primeiro piloto negro a correr na F-1, mostrou seu cartão de visitas logo na primeira curva de seu GP de estréia na categoria.
A "vítima" do inglês foi justamente seu parceiro de equipe, Fernando Alonso, atual bicampeão.
"Fiz uma largada bem decente", explicou Hamilton, 22, que ontem colocou seu nome ao lado de uma série de números.
O inglês tornou-se o 14º piloto em 58 anos de categoria a subir ao pódio em sua corrida inaugural -o último havia sido Jacques Villeneuve, em 1996- e o 55º a marcar pontos.
Mais. Foi a melhor performance de estréia de um piloto da Inglaterra desde 1966. Na ocasião, Mike Parkes terminou o GP da França em segundo.
"Estou absolutamente extasiado. Esse resultado é mais do que eu podia esperar. É além dos meus sonhos", falou Hamilton, que chegou a liderar a prova por quatro voltas.
Efeito de sua brilhante corrida, seu pai, Anthony, virou celebridade imediata no paddock australiano. "Nada me surpreende no Lewis. Sempre acreditei nele e sabia que ele podia chegar aqui", falou ele, cercado por repórteres. "Todos os anos de kart se pagaram naquela primeira curva. Foi incrível."
Se o pai de Hamilton estava empolgado com a performance do filho, Alonso, que só conseguiu ultrapassá-lo após o segundo pit stop, tentou minimizar o desempenho do companheiro de McLaren.
"Consegui me aproximar dele durante a corrida, mas preferi dar um espaço para não aquecer demais meu carro", falou o espanhol. "Como fiquei atrás dele por muito tempo, economizei combustível, e isso foi o que me fez ficar duas voltas a mais na pista e ganhar o segundo lugar nos boxes."0 (TC)


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