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Jorge Wagner e Kléber estendem clássico no tapetão
Enquanto são-paulino é acusado de agressão em Valdivia, palmeirense será julgado por cotovelada em André Dias
Casos deverão ser analisados por tribunal paulista na próxima segunda-feira,
e pena por agressão pode render gancho de 540 dias
MÁRVIO DOS ANJOS
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os 4 a 1 que o Palmeiras aplicou no São Paulo já ficaram no
passado. Caberá ao atacante
Kléber e ao meia Jorge Wagner
disputarem o tempo extra do
clássico do último domingo.
O palmeirense será denunciado pelo procurador Edison
Zago, do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) do futebol
paulista por agressão no zagueiro André Dias.
Kléber vai ser enquadrado no
artigo 253 do CBJD (Código
Brasileiro de Justiça Desportiva), cuja pena varia de 120 a 540
dias. A iniciativa da denúncia
partiu do próprio procurador,
que é presidente do Conselho
Fiscal do São Paulo.
Apesar de negar tratar-se de
revide, a diretoria palmeirense
protocolou ontem queixa contra Jorge Wagner por uma suposta agressão em Valdivia.
"Ele teve uma conduta inadequada em um lance nos
acréscimos, quando elevou o
joelho na cintura do Valdivia",
reclamou o diretor de futebol
Savério Orlandi.
O pedido ainda será analisado pelo tribunal. Se ambos forem a julgamento, um novo estágio do jogo tende a acontecer
na próxima segunda-feira.
Ontem, Kléber concedeu entrevista no CT. Disse que não
teve a intenção de atingir André Dias e que nem sequer sabia quem o agarrava no momento da jogada.
"Senti que estava sendo agarrado e tentei me soltar. Infelizmente acabei acertando-o. Minha intenção era fazer o gol",
disse o jogador. No lance, ele
tentava escorar um cruzamento feito por Leandro do lado esquerdo do ataque palmeirense.
Kléber disse que teve seu pedido de desculpas aceito prontamente pelo oponente. Também citou o impacto causado
pela imagem da televisão.
"Quem vê a imagem congelada da TV, parece ser agressão.
Quem vê o sangue escorrendo
se impressiona", completou.
No São Paulo, o técnico Muricy Ramalho acha que a agressão de Kléber é passível de punição. Ontem, ele foi obrigado a
poupar André Dias de trabalhar
em campo numa atividade de
cruzamentos, devido aos pontos na face e ao inchaço no local
da cotovelada.
No entanto, acha que as reclamações em torno de análise
de imagens está sendo feita de
forma exagerada.
"Hoje se reclama de cada lance que nem acontece nada. Na
minha época, essas coisas se resolviam no campo [com o fim
do jogo]", disse o treinador.
Já o superintendente de futebol do clube do Morumbi,
Marco Aurélio Cunha, manteve
suas reclamações sobre o trio
de arbitragem do clássico, capitaneado pelo juiz Flavio Rodrigues Guerra. E encarou com
tranqüilidade a possibilidade
de ser chamado para dar esclarecimentos ao TJD paulista.
"Se for chamado para depor,
vou dar meu ponto de vista sem
nenhum problema", afirmou.
"Nunca usei a palavra "complô"
e desafio qualquer um a provar
que eu disse isso. O que eu quero é o debate de idéias", afirmou o dirigente são-paulino.
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