São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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Jorge Wagner e Kléber estendem clássico no tapetão

Enquanto são-paulino é acusado de agressão em Valdivia, palmeirense será julgado por cotovelada em André Dias

Casos deverão ser analisados por tribunal paulista na próxima segunda-feira, e pena por agressão pode render gancho de 540 dias


MÁRVIO DOS ANJOS
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 4 a 1 que o Palmeiras aplicou no São Paulo já ficaram no passado. Caberá ao atacante Kléber e ao meia Jorge Wagner disputarem o tempo extra do clássico do último domingo.
O palmeirense será denunciado pelo procurador Edison Zago, do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) do futebol paulista por agressão no zagueiro André Dias.
Kléber vai ser enquadrado no artigo 253 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), cuja pena varia de 120 a 540 dias. A iniciativa da denúncia partiu do próprio procurador, que é presidente do Conselho Fiscal do São Paulo.
Apesar de negar tratar-se de revide, a diretoria palmeirense protocolou ontem queixa contra Jorge Wagner por uma suposta agressão em Valdivia.
"Ele teve uma conduta inadequada em um lance nos acréscimos, quando elevou o joelho na cintura do Valdivia", reclamou o diretor de futebol Savério Orlandi.
O pedido ainda será analisado pelo tribunal. Se ambos forem a julgamento, um novo estágio do jogo tende a acontecer na próxima segunda-feira.
Ontem, Kléber concedeu entrevista no CT. Disse que não teve a intenção de atingir André Dias e que nem sequer sabia quem o agarrava no momento da jogada.
"Senti que estava sendo agarrado e tentei me soltar. Infelizmente acabei acertando-o. Minha intenção era fazer o gol", disse o jogador. No lance, ele tentava escorar um cruzamento feito por Leandro do lado esquerdo do ataque palmeirense.
Kléber disse que teve seu pedido de desculpas aceito prontamente pelo oponente. Também citou o impacto causado pela imagem da televisão.
"Quem vê a imagem congelada da TV, parece ser agressão. Quem vê o sangue escorrendo se impressiona", completou.
No São Paulo, o técnico Muricy Ramalho acha que a agressão de Kléber é passível de punição. Ontem, ele foi obrigado a poupar André Dias de trabalhar em campo numa atividade de cruzamentos, devido aos pontos na face e ao inchaço no local da cotovelada.
No entanto, acha que as reclamações em torno de análise de imagens está sendo feita de forma exagerada.
"Hoje se reclama de cada lance que nem acontece nada. Na minha época, essas coisas se resolviam no campo [com o fim do jogo]", disse o treinador.
Já o superintendente de futebol do clube do Morumbi, Marco Aurélio Cunha, manteve suas reclamações sobre o trio de arbitragem do clássico, capitaneado pelo juiz Flavio Rodrigues Guerra. E encarou com tranqüilidade a possibilidade de ser chamado para dar esclarecimentos ao TJD paulista.
"Se for chamado para depor, vou dar meu ponto de vista sem nenhum problema", afirmou. "Nunca usei a palavra "complô" e desafio qualquer um a provar que eu disse isso. O que eu quero é o debate de idéias", afirmou o dirigente são-paulino.


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