São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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Federação bane Mancha e Independente

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A pedido do Ministério Público Estadual, a Federação Paulista de Futebol decidiu ontem suspender as torcidas organizadas Mancha Alviverde, do Palmeiras, e Independente, do São Paulo, pelos incidentes no clássico de domingo passado, disputado em Ribeirão Preto.
A decisão da FPF foi tomada após o recebimento de uma notificação do Ministério Público. A entidade mantém um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Promotoria. A suspensão vale até o final do Campeonato Paulista.
Logo no início da partida, palmeirenses tentaram avançar sobre os policiais na área de divisão das duas torcidas. Eles derrubaram uma grade e entraram em confronto. Os são-paulinos foram citados por incitar a torcida rival com gestos e gritos.
Segundo o promotor criminal Paulo Castilho, autor do pedido de suspensão, qualquer indumentária que identifique as organizadas deverá ser proibida em SP.
"O que aconteceu em Ribeirão foi um absurdo", disse. "Pelo termo assinado em 2006, sou designado para prevenir a violência nos estádios. Nesta questão, a Promotoria controla a FPF, que por sua vez controla os clubes", declarou Castilho.
Cerca de 300 policiais trabalharam no clássico. Às 19h da sexta que antecedeu a partida, a PM tentou cancelar o jogo -todos os ingressos tinham sido vendidos.
"Ficamos em uma situação delicada. Por um lado, o risco de autorizar a partida. Por outro, a reação de quase 30 mil pessoas insatisfeitas com o cancelamento do jogo", afirmou Sebastião Sérgio da Silveira, promotor da Cidadania de Ribeirão Preto, que disse ter recebido aval do major Salvador Loureiro Júnior para autorizar o jogo.
Segundo o diretor jurídico da Mancha Alviverde, Robson Cyrillo, a organizada já foi informada sobre a medida, mas ainda não decidiu como tentará revertê-la.


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