DA REPORTAGEM LOCAL

A ideia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de comercializar ingressos nas casas lotéricas não irá vingar se depender da vontade de quem será responsável por essa venda. O Sindicato dos Lotéricos enviou carta aberta à Presidência para firmar posição contrária à medida.
"Já prestamos serviços bancários sem ser banco. Assumir mais esse ônus inviabilizaria definitivamente o nosso negócio", diz Luiz Carlos Peralta, presidente do sindicato.
A intenção de vender entradas em lotéricas foi apresentada na semana passada por Lula e pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior.
A comercialização dos bilhetes seria combinada com a nova carteirinha de identificação para os torcedores. Para comprar os ingressos, as pessoas teriam de carregar o documento eletronicamente, como ocorre, por exemplo, com o telefone celular.
O governo quer que a partir de 2010 apenas pessoas cadastradas em um sistema nacional possam assistir nos estádios a partidas da primeira e segunda divisões do Brasileiro.
O temor da violência das torcidas é um dos argumentos apresentados pelos lotéricos. Na carta enviada ao presidente, o sindicato afirma que as casas de apostas já sofrem com problemas de segurança.
Os lotéricos afirmam também que não foram consultados pelo presidente antes do anúncio da medida e pedem uma audiência com Lula para discutir o assunto.


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