São Paulo, sexta-feira, 19 de março de 2010

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Inspiradores de torneio criam objeções

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de Cuba, ao menos na teoria, ser a principal favorecida pela criação da Série Mundial de boxe, dirigentes da ilha controlada pela família Castro e representantes da Aiba não têm falado a mesma língua.
Os cubanos estão reticentes em participar da nova liga e também em enviar lutadoras para os torneios femininos da Aiba, a reportagem apurou.
O comportamento dos cubanos não é visto com bons olhos pelos dirigentes da Aiba.
Para o brasileiro Everton Lopes, o temor de Cuba em participar de uma competição sem ter a segurança de que vai impor sua hegemonia pode ser o maior empecilho à sua adesão.
""No amadorismo, a escola cubana é a melhor do mundo. Mas, no estilo profissional, vale mais a pegada, tem mais minação", diz o pugilista de 21 anos, que ficou em quinto no último Mundial amador, na Itália.
Um dos principais pontos que beneficiariam Cuba, se o país voltar atrás e participar, é o fato de que uma porcentagem das bolsas dos atletas será dirigida às suas confederações.
Uma das exigências da Aiba é que os consórcios que dirigirão as franquias terão de trabalhar diretamente com as confederações nacionais, o que renderia dinheiro ao governo cubano.
Por conta dos desfalques de quatro campeões olímpicos e um mundial, que fugiram ou foram suspensos por tentar desertar desde o fim de 2006, Cuba ficou sem o status de campeã olímpica em Pequim-08 após inúmeros títulos consecutivos.
Foi o caso de Guillhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que tiveram tentativa frustrada de deserção no Pan-2007, e que depois conseguiram fugir e assinar contratos com empresários dos EUA e da Alemanha.
Por conta das deserções, a ilha caribenha boicotou o Mundial de Chicago-2007. (EO)

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