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Inspiradores de torneio criam objeções
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de Cuba, ao menos na
teoria, ser a principal favorecida pela criação da Série Mundial de boxe, dirigentes da ilha
controlada pela família Castro
e representantes da Aiba não
têm falado a mesma língua.
Os cubanos estão reticentes
em participar da nova liga e
também em enviar lutadoras
para os torneios femininos da
Aiba, a reportagem apurou.
O comportamento dos cubanos não é visto com bons olhos
pelos dirigentes da Aiba.
Para o brasileiro Everton Lopes, o temor de Cuba em participar de uma competição sem
ter a segurança de que vai impor sua hegemonia pode ser o
maior empecilho à sua adesão.
""No amadorismo, a escola
cubana é a melhor do mundo.
Mas, no estilo profissional, vale
mais a pegada, tem mais minação", diz o pugilista de 21 anos,
que ficou em quinto no último
Mundial amador, na Itália.
Um dos principais pontos
que beneficiariam Cuba, se o
país voltar atrás e participar, é o
fato de que uma porcentagem
das bolsas dos atletas será dirigida às suas confederações.
Uma das exigências da Aiba é
que os consórcios que dirigirão
as franquias terão de trabalhar
diretamente com as confederações nacionais, o que renderia
dinheiro ao governo cubano.
Por conta dos desfalques de
quatro campeões olímpicos e
um mundial, que fugiram ou foram suspensos por tentar desertar desde o fim de 2006, Cuba ficou sem o status de campeã
olímpica em Pequim-08 após
inúmeros títulos consecutivos.
Foi o caso de Guillhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que
tiveram tentativa frustrada de
deserção no Pan-2007, e que
depois conseguiram fugir e assinar contratos com empresários dos EUA e da Alemanha.
Por conta das deserções, a
ilha caribenha boicotou o Mundial de Chicago-2007.
(EO)
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