São Paulo, sábado, 19 de março de 2011

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Governo investe em arenas particulares

ESTÁDIOS Ministério insiste em implantar sistema de segurança, mas tarefa é dos clubes, diz lei do torcedor

RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

O Ministério do Esporte quer gastar com equipamentos de segurança para 18 estádios privados, cujos donos são clubes brasileiros.
Pelo Estatuto do Torcedor, a responsabilidade pela segurança da torcida é dos clubes, que devem investir em monitoramento das arenas.
O investimento faz parte de programa para criar um sistema único de controle de torcedores para jogos das Séries A e B do Brasileiro. No total, 35 arenas receberão investimento, 17 públicas.
Há uma previsão de despesa de R$ 64,1 milhões -outros R$ 9,1 milhões estão previstos para assistência técnica. A despesa está prevista em licitação lançada pela pasta no final de 2010.
É a segunda tentativa do ministério de emplacar o projeto. A primeira concorrência foi revogada em 2010 após empresas questionarem exigências do seu edital. Então, o valor pedido pelo serviço era de R$ 80 milhões.
A nova licitação lista os 35 estádios que receberão a cessão dos equipamentos. Entre eles, 12 têm previsão de receber maior aparato eletrônico, segundo a listagem elaborada pelo ministério.
A maioria recebe jogos de times na Série A. Desses 12 estádios, nove são privados.
São o Couto Pereira (Coritiba), Vila Capanema (Paraná), Arena da Baixada (Atlético-PR), Olímpico (Grêmio), Beira-Rio (Inter), Barradão (Vitória), São Januário (Vasco), Morumbi (São Paulo) e Vila Belmiro (Santos).
Outros três são públicos: Pituaçu, Pacaembu e Engenhão (da Prefeitura do Rio, cedido ao Botafogo).
Os equipamentos serão cedidos em regime de comodato aos clubes proprietários.
"Já temos um sistema de segurança. Mas eles querem unificar para criar um padrão e identificar os torcedores", disse o diretor de marketing do São Paulo, Adalberto Baptista, sobre o Morumbi.
Um levantamento mostrou que o estádio são-paulino tem 75 câmeras.
Está prevista a instalação de mais 143 câmeras na arena paulistana. A ideia é que as antigas sejam conectadas ao novo sistema digital.
O gasto total com captação de imagens será de R$ 21 milhões. Com esse dinheiro, serão compradas 1.656 câmeras, além de itens como monitores, servidores de gerenciamento e gravadores.
Também haverá reforço nos controles de entrada nos estádios. O investimento previsto é de R$ 20,3 milhões. Serão instaladas 668 catracas nas arenas escolhidas.
A rede de comunicação do sistema consumirá o restante do dinheiro a ser liberado.


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