|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
O campeão
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Na reta final da Superliga, a
Unisul atropelou todo mundo e beirou a perfeição. Quer melhor do que isso? Nas semifinais,
eliminou o Minas em três jogos.
Na disputa pelo título, para espanto geral, derrotou a Ulbra três
vezes seguidas e não perdeu nenhum set sequer.
Mas, afinal, qual foi o grande
mérito da Unisul? O time mostrou
um saque devastador e um ataque da pesada com Milincovic,
Dirceu, Badá e André Heller.
Mais: o levantador Marcelinho
deu um show de bola. E, para
completar, quando o passe não
saía, tinha ainda o argentino
Marcos Milincovic para descer a
mão.
E você sabe: quando uma equipe tem o seu principal atacante
em grande fase, já é meio caminho para a vitória. Basta ver os
números: Milincovic foi eleito o
melhor jogador da Superliga, o
dono do saque mais eficiente e
ainda o maior pontuador do torneio, com 511 pontos. Quer mais
do que isso?
Está certo que o time catarinense também contou com o surpreendente excesso de erros da
Ulbra. Basta ver as estatísticas do
terceiro jogo, anteontem. Dos 75
pontos da Unisul, 27 foram de falhas do adversário. Mais de um
set só de erros. É muita coisa.
Esperava uma decisão bem
mais disputada. A Ulbra tem
bons jogadores, fez uma grande
campanha, mas não se encontrou
nas finais. O levantador, os ponteiros, os centrais: ninguém jogou
bem. Nem Anderson, o oposto da
seleção contratado como reforço,
resolveu. Quando entrou em quadra, jogou muito mal.
Resta à Unisul, comandada pelo valente técnico argentino Carlos Weber, comemorar. Afinal, foi
o primeiro título na Superliga de
uma equipe catarinense. E o primeiro também do ex-jogador Renan, que há cinco anos comanda
o projeto de vôlei dessa universidade de Santa Catarina.
No feminino, tudo indica que o
duelo entre Finasa/Osasco e
MRV/Minas será mais disputado.
No primeiro jogo, o Minas teve
melhor aproveitamento no ataque (54 pontos contra 50) e no
bloqueio (13 a 11). A diferença,
que deu a vitória por 3 sets a 1 ao
Osasco, foi no número de erros: 31
contra 15.
O time paulista também teve
outro grande mérito. Com o saque tático, conseguiu neutralizar
Virna, a principal atacante do
Minas. Maior novidade da equipe mineira, a aplicação do bloqueio triplo ainda não mostrou
muita eficiência e precisa de ajustes. O time está chegando muito
quebrado ao bloqueio.
O Minas também jogou sem a
levantadora Gisele, que torceu o
tornozelo direito, mas deve voltar
no próximo jogo, na quarta-feira,
em Belo Horizonte. Do lado do
Osasco, a queixa é o cansaço das
atletas, que fizeram uma série de
cinco partidas nas semifinais contra o Rexona.
A lista das jogadoras da seleção
brasileira inscritas no Grand Prix
já está dando o sinal: Mari, atacante do Osasco, está relacionada
entre as 18. Para quem está acompanhando os seus jogos, não há
dúvidas: ela ficará entre as 12 da
seleção e tem tudo para conquistar a posição de titular.
Grand Prix
A maior surpresa na relação das 18 jogadoras inscritas no Grand Prix
foi Jaqueline, atacante do Osasco que está voltando a atuar depois de
uma cirurgia no joelho. As inscritas são: Fernanda, Fofão e Gisele (levantadoras); Arlene e Fabi (líberos); Valesquinha, Walewska, Fabiana e Caroline (centrais); Érika, Virna, Sassá, Mari e Jaqueline (ponteiras); Leila, Elisângela, Bia e Raquel (opostas).
Italiano
Terminou a participação dos brasileiros no Italiano deste ano. O Cuneo, de Giba, foi eliminado pelo Macerata por 3 sets a 2 no quinto jogo das quartas-de-final. O Macerata, que joga as semifinais com o
Sisley Treviso, não terá Nalbert, que operou o ombro esquerdo e está
fora da fase final. Os outros semifinalistas são Piacenza e Perugia.
E-mail cidasan@uol.com.br
Texto Anterior: Futebol: Júlio Baptista faz quatro e brilha em vitória do Sevilla Próximo Texto: Vôlei: Unisul já se mexe para segurar os campeões Índice
|