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FUTEBOL
Turbinado pelo dinheiro da MSI, time tenta bisar feito de elencos medianos do clube para prosseguir na Libertadores
Corinthians abonado joga pela obrigação
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O milionário Corinthians tenta
hoje alcançar o que times bem
mais modestos montados no Parque São Jorge conseguiram sem
muito esforço: ir à fase de mata-matas da Libertadores.
Para isso, basta empatar com o
Deportivo Cali, às 21h45, no Pacaembu. Isso já igualaria feito dos
times de 1991, 1996 e 2003. Nessas
três jornadas, a equipe corintiana,
sem estrelas como agora, avançou, mas parou no máximo nas
quartas-de-final.
Hoje, o time de mais de R$ 150
milhões, investidos pela MSI, sonha bem mais alto. Nunca na história do clube houve cobrança tão
grande para um título do principal torneio das Américas.
Um alento é que, em sua melhor
performance até hoje na competição, o time também era amparado por dólares de um parceiro endinheirado. Em 2000, o Corinthians chegou às semifinais e foi
eliminado pelo arqui-rival Palmeiras. Tinha uma equipe que
contava com atletas como Gamarra, Edílson, Rincón, Marcelinho, Luizão e Ricardinho.
Remanescente daquele grupo,
que levantou o Mundial de Clubes
da Fifa, Ricardinho afirma que
não há como comparar.
"Mas é claro que, em um grupo,
quanto mais jogadores importantes, mais cresce a responsabilidade. Os objetivos daquela época e
de agora são os mesmos", disse o
meio-campista corintiano.
"Nós temos [hoje] um grupo capaz, experiente e que sabe a receita do sucesso", acredita ele.
A fórmula corintiana para o
bom futebol, porém, ainda não foi
encontrada na Libertadores. O
clube chega à última rodada da fase de grupos sem ter convencido.
No Pacaembu, o Corinthians
empatou por 2 a 2 com a Universidad Católica e, a duras penas,
venceu o Tigres por 1 a 0. No duelo de hoje, o estádio estará lotado.
Os 33,5 mil bilhetes para a partida
se esgotaram na semana passada.
A Universidad Católica, do Chile, lidera com dez pontos, mesmo
número do Corinthians, mas com
um saldo de gols melhor (2 a 1).
Se os chilenos vencerem o Tigres, do México -também hoje à
noite-, e os corintianos ganharem dos colombianos, a vaga pelo
primeiro lugar da chave será definida no saldo de gols.
O Tigres está em terceiro no
Grupo 4, com sete pontos, e ainda
sonha com um lugar nos mata-matas, já que atua em casa. O Deportivo Cali, com apenas um ponto ganho, está eliminado.
Ser o primeiro colocado significa enfrentar nas oitavas-de-final
um dos oito segundos colocados e
decidir a vaga em casa. Ficar em
segundo significa pegar um dos
oito primeiros classificados e decidir o futuro na Libertadores fora
de seus domínios.
"Não dá para saber o que é melhor. Às vezes você pega um segundo colocado mais forte que
um primeiro. Mas posso dizer
que vamos jogar para ganhar, e
bem", declarou o técnico corintiano, Ademar Braga.
Para o duelo de hoje, ele terá a
volta do meia Carlos Alberto, que
está recuperado de lesão.
O atleta atuará no lugar de Roger, que foi sacado do time pelo
treinador. Braga negou que tenha
problemas com o meia, que tem
treinado com a cara fechada e se
recusado a dar entrevistas.
"O Roger não está feliz porque
está na reserva, mas ele me respeita e eu o respeito. Eu o quero aqui
feliz ou infeliz. Mas ele vai acabar
jogando", afirmou o técnico.
Outro que faz péssima temporada em 2006, o lateral-esquerdo
Gustavo Nery está suspenso e não
irá atuar. Ele foi expulso no duelo
contra a Universidad Católica por
xingar o árbitro.
Rubens Júnior será o substituto
hoje à noite. "Tenho praticamente
as mesmas características do Gustavo. Gosto muito de atacar e
acho que a postura da equipe não
irá mudar com a minha entrada",
disse o jogador.
NA TV - Globo (só para SP) e Sportv 2 (menos para SP), ao vivo, às 21h45
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