São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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Pés rodados ditam Guará e Ponte na luta pela final

No jogo de volta da semifinal do Paulista, times do interior apostam em jogadores com passagem por várias equipes

Clube campineiro, dono do melhor ataque, classifica-se caso não tome gol; equipe do Vale do Paraíba, a menos vazada, precisa da vitória

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARATINGUETÁ

Considerado o histórico dos clubes, falta experiência a Guaratinguetá e Ponte Preta para decidirem o Paulista. O time campineiro já esteve em quatro finais e perdeu, e seu rival nunca chegou à fase final de campeonatos de primeira divisão em nove anos de existência.
Para compensar, ambos os clubes apostaram em jogadores "cascudos", ou seja, que já tiveram rodagem em vários times. Com isso, os jovens têm poucas oportunidades nas equipes, embora a média de idade também não seja alta.
É o que mostram as duas prováveis formações dos times na segunda partida da semifinal, hoje, em Guaratinguetá.
Na Ponte, a média de idade é de 25 anos. E, apesar de o elenco contar com vários jogadores formados pelas categorias de base do próprio clube, a prioridade é para os forasteiros.
Só as ausências de Deda e Elias deram chances para que os pratas da casa Ricardo Conceição, Fabiano Santos e Renan -os dois últimos disputam posição- atuem hoje.
"O atleta que vai começar jogando sabe. Esconder o time não determina nada, mas ajuda", explicou o técnico Sérgio Guedes, que faz mistério sobre a escalação de seu time.
Entre os que já eram titulares da equipe campineira, só o atacante Wanderley, 19, é jovem promessa da Ponte.
Até o perfil das revelações, Renato e Elias, mostra a realidade ponte-pretana. Pretendido pelo Corinthians, o segundo passou pelo Palmeiras B. Renato esteve no Juventude, então na Série A do Brasileiro.
O Guaratinguetá não formou nenhum de seus atletas. E tem a média de idade de 27 anos.
Há jogadores com passagens por Internacional, Palmeiras, Náutico e equipes do interior, inclusive a Ponte Preta.
É nessa rodagem que o presidente do clube, Carlos Arini aposta no jogo "mais importante da história do clube". O técnico Guilherme Macuglia e atletas não falaram à imprensa.
Iguais na aposta em atletas rodados, Ponte e Guaratinguetá se diferenciam pelo estilo de jogo. O time campineiro tem o melhor ataque do Paulista, com 37 gols, ao lado do Palmeiras. Já o adversário tem a defesa menos vazada, com 15 gols.
Ironicamente, a Ponte, vencedora do primeiro jogo, só precisa não tomar gols para se chegar à final. E tem a pior defesa dos semifinalistas, 23 gols.
"A Ponte não retranca e não se defende apenas. A Ponte preenche espaço e se posiciona bem em campo", disse Sérgio Guedes. "A Ponte será agressiva quando tiver de ser."
O Guaratinguetá, por sua vez, tem o pior ataque entre os quatro candidatos ao título.
"Somos a melhor defesa, mas também um time que sabe atacar. A Ponte Preta tem como melhor qualidade o ataque, porém isso não significa que não saiba defender", divagou Arini.


NA TV - Guaratinguetá x Ponte Preta
Sportv, ao vivo, às 18h10


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