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Pés rodados ditam Guará e Ponte na luta pela final
No jogo de volta da semifinal do Paulista, times do interior apostam em jogadores com passagem por várias equipes
Clube campineiro, dono do melhor ataque, classifica-se caso não tome gol; equipe do Vale do Paraíba, a menos vazada, precisa da vitória
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GUARATINGUETÁ
Considerado o histórico dos
clubes, falta experiência a Guaratinguetá e Ponte Preta para
decidirem o Paulista. O time
campineiro já esteve em quatro
finais e perdeu, e seu rival nunca chegou à fase final de campeonatos de primeira divisão
em nove anos de existência.
Para compensar, ambos os
clubes apostaram em jogadores
"cascudos", ou seja, que já tiveram rodagem em vários times.
Com isso, os jovens têm poucas
oportunidades nas equipes,
embora a média de idade também não seja alta.
É o que mostram as duas prováveis formações dos times na
segunda partida da semifinal,
hoje, em Guaratinguetá.
Na Ponte, a média de idade é
de 25 anos. E, apesar de o elenco contar com vários jogadores
formados pelas categorias de
base do próprio clube, a prioridade é para os forasteiros.
Só as ausências de Deda e
Elias deram chances para que
os pratas da casa Ricardo Conceição, Fabiano Santos e Renan
-os dois últimos disputam posição- atuem hoje.
"O atleta que vai começar jogando sabe. Esconder o time
não determina nada, mas ajuda", explicou o técnico Sérgio
Guedes, que faz mistério sobre
a escalação de seu time.
Entre os que já eram titulares
da equipe campineira, só o atacante Wanderley, 19, é jovem
promessa da Ponte.
Até o perfil das revelações,
Renato e Elias, mostra a realidade ponte-pretana. Pretendido pelo Corinthians, o segundo
passou pelo Palmeiras B. Renato esteve no Juventude, então
na Série A do Brasileiro.
O Guaratinguetá não formou
nenhum de seus atletas. E tem
a média de idade de 27 anos.
Há jogadores com passagens
por Internacional, Palmeiras,
Náutico e equipes do interior,
inclusive a Ponte Preta.
É nessa rodagem que o presidente do clube, Carlos Arini
aposta no jogo "mais importante da história do clube". O técnico Guilherme Macuglia e
atletas não falaram à imprensa.
Iguais na aposta em atletas
rodados, Ponte e Guaratinguetá se diferenciam pelo estilo de
jogo. O time campineiro tem o
melhor ataque do Paulista, com
37 gols, ao lado do Palmeiras. Já
o adversário tem a defesa menos vazada, com 15 gols.
Ironicamente, a Ponte, vencedora do primeiro jogo, só
precisa não tomar gols para se
chegar à final. E tem a pior defesa dos semifinalistas, 23 gols.
"A Ponte não retranca e não
se defende apenas. A Ponte
preenche espaço e se posiciona
bem em campo", disse Sérgio
Guedes. "A Ponte será agressiva quando tiver de ser."
O Guaratinguetá, por sua vez,
tem o pior ataque entre os quatro candidatos ao título.
"Somos a melhor defesa, mas
também um time que sabe atacar. A Ponte Preta tem como
melhor qualidade o ataque, porém isso não significa que não
saiba defender", divagou Arini.
NA TV - Guaratinguetá x Ponte Preta
Sportv, ao vivo, às 18h10
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