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MOTOR
Falta de quórum
Prepotência da FOM, que vê F-1 como clube fechado, só faz emagrecer o grid, que deve voltar a ter 20 carros
FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE
A F-1 tinha tudo para colocar 24
carros no grid nesta temporada. Os 22 das 11 equipes que
disputaram os últimos Mundiais,
mais os dois da Prodrive, escuderia
que há dois anos foi "confirmada"
pela FIA para a temporada de 2008.
Muito provavelmente, porém, fechará o campeonato com apenas 20.
Pior: este pode ser o quórum na Espanha, no próximo fim de semana.
Agonizante há meses, a Super
Aguri descobriu na quarta que os
US$ 70 milhões/ano prometidos
por um investidor de Dubai por cinco temporadas não aparecerão. Pediu socorro à Honda e ouviu um não.
O orçamento da Super Aguri para
este ano é de 80 milhões. Cerca de
R$ 211 milhões queimados. Porque
o time de Aguri san quase não aparece na TV, não pontua, não fede
nem cheira. Apenas enche o grid.
Mas enche o grid.
Gostinho que a Prodrive não teve
o prazer de sentir. Chefe de equipe
competente -a ponto de fazer da
BAR a vice-campeã de 2004-, David Richards viu frustrado seu plano de lançar uma equipe usando
como base chassis e motores produzidos pela McLaren. Sim, Toro
Rosso e Super Aguri fazem isso
com Red Bull e Honda, mas nenhuma delas ameaça o establishment.
A Prodrive o faria, e por isso não
conseguiu aprovação das equipes
para ir para a pista -a claudicante
Williams tomou a linha de frente.
Em comum entre as duas histórias, a passividade da FIA, temperada com doses cavalares de prepotência da FOM. A primeira se limita a publicar regulamentos estapafúrdios. A segunda vê a F-1 como
um clube exclusivo, em que postulantes a associados precisam implorar de joelhos para entrar.
O resultado será sentido na prática logo, com só 20 carros no grid.
Cenário triste que a F-1 viveu entre
2003 e 2005 e que contrasta com
os tempos de fartura de décadas
atrás. Tempos em que havia, diga-se, chassis e motores de aluguel -a
Williams, vexatória ironia, que o
diga. Tempos que não eram piores
porque havia cinco ou seis times
que não fabricavam seus carros.
Muito pelo contrário.
TURISMO
"Ô, patrão, quer estacionar lá dentro?" O cambista oferecia credenciais (!!??) da Stock para parar o
carro no miolo de Interlagos. Noves fora a imoralidade, dentro da
lógica dessas plagas cambista é sinônimo de sucesso. A Stock cresce,
empurrada pelo "Bom Dia, Brasil",
pelo "Globo Esporte", pelo "JN".
Agora, é só acabar com a chatice do
reabastecimento obrigatório.
TURISMO
Com Lamborghinis, Ferraris, Porches e quetais, e com Piquet a partir da segunda etapa, a GT3 começa
neste fim de semana em Curitiba.
O www.racetv.com.br mostra as
provas, além da F-3 sul-americana.
fseixas@folhasp.com.br
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