No sufoco, time do Grande ABC elimina Grêmio Prudente e disputa a decisão do Paulista pela 1ª vez

Santo André 1
Grêmio Prudente 2

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ninguém venceu o duelo de nervos em Santo André. Quem ganhou o jogo não levou a vaga. E a classificação histórica do time da casa por muito pouco não virou um "Brunazzo".
O clube do ABC foi derrotado por 2 a 1 pelo Grêmio Prudente no estádio Bruno Daniel mas garantiu-se na inédita final do Campeonato Paulista graças à melhor campanha que o rival na fase classificatória. No jogo de ida, havia vencido por 2 a 1.
"Acho que será uma final justa", disse o meia Bruno César, citando a disputa contra o Santos, o melhor clube da primeira fase, seguido pelo Santo André.
Diante de quase 12 mil pagantes, as equipes esbanjaram correria, falta de organização tática em momentos cruciais e muito, muito nervosismo.
O Santo André, que só havia sido batido em casa justamente pelo Santos (2 a 1) mostrou desde o início que sentiu a responsabilidade em buscar a primeira final na elite do Estado.
Logo aos 16min, a defesa "esqueceu-se" de Flavinho dentro da grande área. O atacante do Prudente foi derrubado pelo goleiro Júlio César, que recebeu apenas o amarelo pela falta. Na cobrança do pênalti, Tadeu marcou seu nono gol.
De forma surpreendente, o técnico Toninho Cecílio escalou a equipe com três atacantes, sufocando o time anfitrião.
Tanto que o gol de empate surgiu quase por acaso, quando Branquinho achou Renato Dias dentro da área, aos 36min.
Jogando muito mais solto do que na semana passada, o Prudente conseguiu readquirir a vantagem depois da cobrança de falta que o veterano Marcos Assunção acertou no ângulo de Júlio César, aos 43min.
No lance derradeiro do primeiro tempo, Wesley teve a chance de marcar o terceiro gol prudentino, mas chutou em cima da zaga já com o gol aberto.
Os visitantes não diminuíram o ritmo na etapa final. Flavinho, por exemplo, teve outra chance de conseguir o placar necessário para classificar o Prudente aos 7min, mas concluiu em cima de Júlio César.
A partir dos 15min, foram os nervos do rival andreense que ruíram. Diego cometeu falta dura em Cicinho, levou o segundo amarelo e foi expulso.
No entanto, ao invés de aproveitar o momento, o Santo André também perdeu um atleta no lance seguinte. Carlinhos parou Flavinho com um carrinho antes que o atacante pudesse chutar mais uma vez frente a frente com Júlio César.
A angústia aumentou ainda mais quando Branquinho perdeu um pênalti aos 25min. Márcio se adiantou e espalmou a bola no canto direito.
Na base da retranca, o campeão da Copa do Brasil de 2004 se segurou como pôde, e contou com ao menos duas boas intervenções de seu camisa 1 até o apito final, que só veio após quatro minutos de acréscimo.


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