São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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Em um mês, Dagoberto vai de aposta a salvador

Foco sobre atacante cresce após quedas do São Paulo

Almeida Rocha/Folha Imagem
Dagoberto, que cavou pênalti na vitória diante do Goiás


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dagoberto apresentou-se ao São Paulo no dia 20 de abril para ser o trunfo da arrancada decisiva do time que disputava as semifinais do Paulista e visava o mata-mata da Libertadores.
O plano foi alterado junto com a sorte do clube -eliminado de ambas as competições. Mudou também o prazo para o atacante mostrar serviço.
De reserva de luxo, Dagoberto transformou-se na esperança imediata do clube para salvar 2007. Mesmo que o tempo ainda seja curto demais para ele próprio bancar a aposta.
"Na parte física, já estou bem. Entrosamento, você só adquire jogando", falou o novo titular do ataque tricolor, que em poucos dias conheceu de perto o céu e o inferno são-paulino.
Na estréia, no primeiro duelo das oitavas da Libertadores contra o Grêmio, ele fez até gol, mas estava 13 cm impedido.
Uma semana depois, vieram a queda no torneio continental e a suposta interferência da diretoria para que Muricy o escalasse no jogo inicial do Brasileiro, quando foram sacados os "intocáveis" Leandro e Aloísio.
Apesar da responsabilidade repentina dada ao atleta, o técnico não pretende "queimá-lo".
"As pessoas vão ter que esperar um pouquinho. Precisamos ter paciência com ele, deixá-lo à vontade", explicou Muricy.
Não que o jogador desconheça o que o tempo é capaz, seja para O bem ou para o mal.
A carreira meteórica no Atlético-PR deu-lhe um título brasileiro em 2001, aos 18, e a convocação para a seleção pré-olímpica dois anos depois.
A partir de outubro de 2004, porém, uma grave contusão no joelho esquerdo seguida de outras lesões musculares fizeram Dagoberto acompanhar o futebol da sala de fisioterapia.
Entre idas e vindas nos gramados, iniciou a batalha jurídica para ver-se livre do Atlético.
"Foram nove meses de um cara [Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do clube] jogando uma nação contra mim", disse ele, sobre o período em que chegou a treinar com o time B do Atlético e teve impedida qualquer negociação com outra equipe.
Talvez até por tudo o que tenha passado recentemente fora de campo que o quanto render dentro dele seja a menor das preocupações para Dagoberto.
"Essa cobrança é legal porque demonstra que as pessoas acreditam que eu possa reverter isso com bons jogos."


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