São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 2011
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SÃO PAULO Meia-atacante teme que desempenho ruim do time possa afastá-lo da seleção
Lucas se assusta com a 1ª crise RAFAEL REIS DE SÃO PAULO Lucas, 18, o principal nome do São Paulo na atualidade, não passou ileso pela primeira crise da sua curta carreira como atleta de futebol. Promovido aos profissionais no meio do ano passado, o meia-atacante foi chamado de "pipoqueiro" e xingado por torcedores após a queda ante o Avaí na Copa do Brasil, há uma semana. Ontem, admitiu temer que a má fase vivida pela equipe do Morumbi, eliminada na semifinal do Paulista, prejudique seu objetivo de se firmar na seleção principal. Convocado pela primeira vez para o amistoso contra a Escócia, em março, o camisa 7 são-paulino aguarda ser lembrado novamente nesta tarde, quando Mano Menezes anuncia a lista para os encontros com Holanda e Romênia, no próximo mês. "Quando o time está mal, é mais difícil para um jogador aparecer. A gente fica com um pouco de receio sim [de ficar fora da seleção]." Lucas vinha em escalada constante desde que subiu para o profissional. Ainda no ano passado, transformou-se no craque da equipe. Em janeiro e fevereiro, brilhou ao lado de Neymar na seleção sub-20. Depois, ganhou um expressivo aumento salarial (saltou de R$ 12 mil para mais de R$ 100 mil mensais). Mas fracassou tanto no Estadual (ficou fora do jogo da eliminação por estar machucado) quanto na Copa do Brasil (atuou mal ante o Avaí) e conheceu as críticas. Sobre o protesto da última segunda-feira, quando cerca de 50 torcedores foram à porta do CT do São Paulo para reclamar da situação do time e chegaram a chutar o carro do lateral Jean, o meia disse que ficou assustado. "Nunca tinha passado por isso. A torcida tem todo o direito de cobrar. Só passa dos limites quando coloca nossa integridade física em risco." Apesar de prever tempos difíceis, Lucas afirmou que essa situação pode ser benéfica a ele no longo prazo. "[Crise] serve para amadurecer, e vou tentar aproveitá- -la. Quem nunca perde, não conhece bem o sabor da vitória", filosofou o jovem. O momento negativo se estende para fora de campo. Os titulares Miranda, Rhodolfo, Fernandinho e Alex Silva estão machucados e não treinaram ontem. Desses, só o último deve enfrentar o Fluminense, domingo, na estreia no Brasileiro. Luis Fabiano participou dos trabalhos, mas só deve atuar na próxima semana. Já Rivaldo, que criticou o técnico Paulo César Carpegiani e criou celeuma no grupo, treinou entre os reservas. Texto Anterior: Pirelli oferece pneu mais resistente Próximo Texto: Palmeiras: Kleber reclama de "língua solta" Índice | Comunicar Erros |
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