São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

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AUTOMOBILISMO

Brasileiro é único a largar atrás do parceiro em todos GPs do ano

Barrichello tenta seu "gol de honra"

Brent Smith/Reuters
Rubens Barrichello, que foi o mais veloz nos treinos de ontem em Indianápolis, conduz sua Ferrari


FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A INDIANÁPOLIS

Depois de pela primeira vez no ano ter tentado superar Michael Schumacher, no GP do Canadá, no último domingo, Rubens Barrichello voltou a dar mostras ontem de que pretende conseguir algum "gol de honra" nesta primeira metade de campeonato.
O brasileiro foi o mais rápido nos treinos livres para o GP dos EUA, em Indianápolis. A diferença em relação aos rivais o credencia como um dos favoritos à pole.
A sessão que define o grid será às 15h. O GP, amanhã, às 14h.
No primeiro treino, Barrichello cravou 1min11s354, 0s316 abaixo da pole de 2003, de Kimi Raikkonen, e 0s265 mais rápido do que Michael Schumacher, o segundo.
À tarde, foi ainda mais veloz. Fez 1min10s365, 0s602 melhor do que Anthony Davidson, da BAR.
Caso consiga a pole, hoje, Barrichello quebrará um jejum que já dura desde o GP do Japão do ano passado. Em 2004, além de não ter conseguido sair em primeiro, ele enfrenta uma situação delicada: é o único piloto que largou todas as provas atrás do companheiro.
O placar em grids é de 8 a 0 para Schumacher. Depois da Ferrari, a maiores lavadas acontecem na Williams e na Jordan: 7 a 1 em favor de Juan Pablo Montoya e Nick Heidfeld, respectivamente.
Desde 2001, seu pior ano pela Ferrari, Barrichello não tinha um início de Mundial tão ruim em treinos oficiais. Naquela temporada, só foi largar na frente do alemão na 14ª corrida. O campeonato terminou com placar de 16 a 1 para Schumacher nos grids.
Em todos os outros anos de escuderia italiana, o brasileiro conseguiu ao menos uma pole na primeira metade do Mundial.
O GP deste final de semana é o nono dos 18 desta temporada.
"Foi um dia muito produtivo e estou contente com meu desempenho. Foi um início de trabalho perfeito", declarou Barrichello.
Além da pole, uma vitória amanhã funcionaria como um "gol de honra". No início do campeonato, a Ferrari divulgou que Barrichello estava liberado para disputar posições com o hexacampeão no primeiro semestre. Quem estivesse na frente no Mundial de Pilotos após o GP dos EUA ganharia prioridade até o fim do ano.
Esse jogo já está perdido para Barrichello. Schumacher venceu sete dos oito GPs até agora. O brasileiro, nenhum. É a última chance de minimizar o fiasco.

NA TV - Treino para o GP dos EUA, Globo, ao vivo, às 15h


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