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França faz gol, mas não ganha
Time põe fim ao jejum de quatro jogos sem marcar em Copa, porém cede empate à Coréia do Sul
Resultado mantém asiáticos
na ponta da chave e deixa
país campeão do Mundial de
1998 em situação incômoda
para rodada final da 1ª fase
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os franceses entraram em
campo ontem, em Leipzig, para
jogar contra a Coréia do Sul
com dois pesos nas costas. Precisavam de um gol para pôr fim
a um jejum de oito anos sem
marcar em Copas do Mundo e
da vitória para conter a enxurrada de críticas.
Para o primeiro problema,
conseguiram uma solução. O
gol, que deu fim ao desespero
dos "Bleus" (Azuis, em francês), saiu dos pés do maior artilheiro da equipe. Logo aos 9min
da etapa inicial, Thierry Henry,
que já marcou 34 vezes pela seleção de seu país, recebeu a bola
dentro da área e fuzilou.
Foi o grito do alívio. Foram
necessários 369 minutos de jogos em Copas para que a torcida francesa voltasse a gritar gol.
O último tento dos europeus
em Mundiais havia sido marcado por Petit na final de 1998, 3 a
0 contra o Brasil.
Mas a missão ainda não estava cumprida. A França, única
cabeça-de-chave que ainda não
venceu na competição, precisava manter o resultado.
Aos 32min, os franceses quase ampliaram. Após cobrança
de escanteio, Vieira cabeceou.
O goleiro Lee Woon-jae espalmou a bola de dentro do gol,
mas o juiz não validou o tento.
Sorte dos sul-coreanos, que
chegaram ao empate no segundo tempo. Aos 36min, a grande
estrela do time, Park Ji-sung,
eleito o melhor da partida, encobriu o goleiro Barthez.
"Não estou satisfeito com
meu desempenho, mas estou
feliz com a minha equipe pois
conquistamos um ponto diante
de um time muito forte", disse
o meia, que já havia feito um gol
na última Copa, em 2002.
Após o gol da Coréia, o técnico francês Raymond Domenech ainda tentou reanimar a
equipe com substituições. Aos
42min, colocou Dhorasoo no
lugar de Malouda. E, já nos
acréscimos, pôs Trezeguet, segundo maior artilheiro do time,
em campo. Não foi suficiente.
O 1 a 1 em Leipzig não chegou
a ser uma surpresa para os torcedores franceses. Sob o comando de Domenech, a França
empatou em quase metade das
partidas que disputou. Foram
11 empates em 23 jogos.
Com só dois pontos, a França
precisará mais do que nunca
vencer no seu próximo jogo
contra o Togo, na sexta. E, dependendo da combinação de
resultados, nem a vitória classificará o time, pois pode chegar
no máximo a cinco pontos
-pontuação que será repetida
por Coréia e Suíça caso os europeus vençam o Togo hoje e empatem com os sul-coreanos.
"Estou decepcionado, mas
ainda há uma partida e temos
que esperar o melhor. Ainda estamos vivos, mas vamos ter que
ganhar e esperar que outros resultados nos ajudem a passar
para as oitavas", afirmou Domenech, que, apesar de ter perdido apenas um jogo no comando, sofre muitas críticas da imprensa francesa.
Por outro lado, a Coréia do
Sul, que ficou em quarto lugar
na última Copa- na qual foi
uma das anfitriãs- e chegou à
Alemanha como um dos azarões do Grupo G, deu um importante passo em direção à
próxima fase. O time manteve a
liderança da chave e reconquistou a confiança da torcida.
"Eu amo Park Ji-sung. Ele
nos levará à próxima fase. Nós
vamos vencer a Suíça", disse o
torcedor Kim Kong-sik, em
meio à multidão que lotou as
ruas de Seul, capital do país.
Com agências internacionais
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