Meia togolês afirma que Fifa assegurou que impasse da premiação terá fim

DA REPORTAGEM LOCAL

Em mais um episódio da novela que envolve a seleção do Togo, os jogadores ameaçaram boicotar a partida de hoje contra a Suíça. Ontem, a delegação não se apresentou a tempo de pegar o vôo para Dortmund, onde será realizada a partida. O motivo, mais uma vez, foi a questão das premiações.
Somente após a intervenção da Fifa, os jogadores pegaram o avião. "Disse-lhes que fazer o boicote seria o pior, pois eles têm responsabilidade para com o povo togolês. Também falei: "Se boicotarem o jogo, vocês vão se expor a sanções graves'", afirmou Andreas Herren, porta-voz da Fifa, sem especificar quais punições seriam aplicadas. Segundo o regulamento do Mundial, a equipe que não comparecer ao seu jogo será desclassificada. Nunca houve W.O. em uma Copa.
O impasse nas negociações entre jogadores e a federação togolesa em relação às premiações se arrasta desde o início da Copa. Os atletas reivindicam 155 mil (R$ 440 mil) cada um pela participação no Mundial.
Para garantir que não haveria boicote, a Fifa teria prometido resolver o problema logo. "Nós não recebemos o dinheiro ainda, mas a Fifa nos assegurou que seremos pagos na próxima semana. A Fifa garantiu nosso pagamento", declarou o meia togolês Dossevi.
Este foi apenas mais um capítulo da passagem turbulenta do Togo pela Alemanha.
Antes da derrota para a Coréia do Sul, os jogadores boicotaram três treinos. Isto motivou o pedido de demissão do técnico Otto Pfister, que somente voltou ao comando um dia antes da estréia.
Caso perca hoje, o Togo não terá mais chances de classificação para as oitavas-de-final.
Já a Suíça aposta no favoritismo para conquistar sua primeira vitória nesta Copa.