São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Perda do emprego não preocupa, avisa técnico

Técnico diz que permanência depende do presidente da CBF, Ricardo Teixeira

Comandante invoca pênalti não marcado para o Brasil e diz que aceita Ronaldinho na seleção que irá competir na Olimpíada de Pequim-08

DOS ENVIADOS A BELO HORIZONTE

Logo após o empate no Mineirão, o técnico da seleção, Dunga, disse ontem que a sua permanência no cargo não dependeria de sua vontade.
Na segunda, Dunga já havia admitido que se sentia "pressionado" e dizia que usaria "a conversa para mudar a atitude" do time no clássico, o que não aconteceu. No jogo de ontem, ele mexeu na equipe em três posições. O treinador colocou o atacante Adriano, o meia Júlio Baptista e o volante Anderson.
"Não gosto de falar disso [possibilidade de deixar o cargo]. Você não deve ter visto os meus números, que são bons, mas não posso falar sobre isso. Você tem que falar com [o presidente da CBF] Ricardo Teixeira, que é o meu chefe", disse o treinador, ao ser questionado sobre sua situação na seleção.
Ele culpou o colombiano Oscar Ruiz pelo empate. Segundo o treinador, o árbitro não deu um pênalti em favor do Brasil.
Dunga reagiu com naturalidade à reação dos torcedores durante a partida. Ele foi hostilizado várias vezes pela torcida, que o chamou de "burro" e de "jumento" e pediu sua saída do cargo. "É normal. O torcedor paga o ingresso e quer ver a vitória", analisou o treinador.
O empate deixou o time em quarto lugar, a última colocação na zona de classificação das eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. O time soma nove pontos. Hoje, Venezuela e Chile, com sete, enfrentam-se. Quem vencer passa o Brasil.
O empate deixou o treinador em situação delicada, mas ele diz não se importar. "A única coisa que não me preocupa é o meu emprego", declarou o treinador, que admitiu contar com Ronaldinho na Olimpíada.
No domingo, Dunga vai comandar a seleção olímpica num amistoso contra um combinado do Rio, em Volta Redonda. O torneio de Pequim será decisivo para a permanência do treinador gaúcho no cargo. Uma eliminação vergonhosa poderá tirá-lo da seleção.


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