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Erro de juiz evita virada dos EUA
Árbitro anula o que seria o gol da vitória americana, após Eslovênia fazer 2 a 0 no 1º tempo
Hassan Ammar/Associated Press
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Dempsey (8) e Edu reagem após a arbitragem anular o gol da virada dos EUA
Eslovênia 2
Birsa, aos 13min, e Ljubijankic, aos
42min do 1º tempo
EUA 2
Donovan, aos 2min, e Bradley, aos
38min do 2º tempo
FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO
Um erro clamoroso do juiz
Koman Coulibaly, do Mali,
abortou ontem a reação mais
espetacular desta Copa do
Mundo até o momento.
Perdendo de 2 a 0 da Eslovênia no intervalo, os EUA
empataram o jogo e teriam
virado se Coulibaly, aos
40min do segundo tempo,
não tivesse anulado um gol
de Maurice Edu, após falta
cobrada pela direita.
Os norte-americanos protestaram, mas saíram do estádio sem saber o que tinha
sido marcado -se falta de
ataque ou impedimento, ambos inexistentes.
Teria sido uma vitória perfeita para esquecer a derrota
para o Brasil na final da Copa
das Confederações, no mesmo estádio Ellis Park, há um
ano. Na ocasião, os EUA chegaram ao intervalo ganhando por 2 a 0, mas levaram três
gols no segundo tempo.
O jogo de ontem foi um dos
mais disputados do Mundial
até agora. Até os 37min do segundo tempo, a Eslovênia
era a primeira seleção classificada para as oitavas de final. Vencendo, somaria seis
pontos e garantiria ao menos
o segundo lugar no Grupo C.
O primeiro tempo foi todo
dominado pela equipe do
Leste Europeu, que era parte
da antiga Iugoslávia. Aos
13min, sem marcação, Birsa
bateu de curva, com o goleiro
Howard vendido no lance.
Os norte-americanos só
colocaram um pouco de
pressão no final da primeira
etapa, sempre a partir de Donovan, eleito o melhor em
campo. Mas, aos 42min,
quando haviam equilibrado
a partida, a Eslovênia ampliou, com Ljubijankic.
O segundo tempo já começou diferente. Aos 2min, Donovan fez boa jogada pela direita e chutou praticamente
sem ângulo, descontando.
"Eu pensei em cruzar, mas
decidi tentar o chute e chutei
alto. Previ que o goleiro não
ia querer levar uma bolada
na cara", afirmou.
Maioria no estádio, a torcida norte americana acordou,
gritando "U-S-A, U-S-A" por
cima de vuvuzelas. O jogo ficou elétrico, e, aos 38min, o
meio-campista Bradley, filho
do treinador, empatou.
De acordo com seu pai,
Bob Bradley, o desempenho
dos EUA, apesar do final
decepcionante, mostra que o
time "continua lutando até
o fim". Donovan declarou
que a reação era exemplar do
"espírito americano".
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