São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Erro de juiz evita virada dos EUA

Árbitro anula o que seria o gol da vitória americana, após Eslovênia fazer 2 a 0 no 1º tempo

Hassan Ammar/Associated Press
Dempsey (8) e Edu reagem após a arbitragem anular o gol da virada dos EUA

Eslovênia 2
Birsa, aos 13min, e Ljubijankic, aos 42min do 1º tempo
EUA 2
Donovan, aos 2min, e Bradley, aos 38min do 2º tempo

FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO

Um erro clamoroso do juiz Koman Coulibaly, do Mali, abortou ontem a reação mais espetacular desta Copa do Mundo até o momento.
Perdendo de 2 a 0 da Eslovênia no intervalo, os EUA empataram o jogo e teriam virado se Coulibaly, aos 40min do segundo tempo, não tivesse anulado um gol de Maurice Edu, após falta cobrada pela direita.
Os norte-americanos protestaram, mas saíram do estádio sem saber o que tinha sido marcado -se falta de ataque ou impedimento, ambos inexistentes.
Teria sido uma vitória perfeita para esquecer a derrota para o Brasil na final da Copa das Confederações, no mesmo estádio Ellis Park, há um ano. Na ocasião, os EUA chegaram ao intervalo ganhando por 2 a 0, mas levaram três gols no segundo tempo.
O jogo de ontem foi um dos mais disputados do Mundial até agora. Até os 37min do segundo tempo, a Eslovênia era a primeira seleção classificada para as oitavas de final. Vencendo, somaria seis pontos e garantiria ao menos o segundo lugar no Grupo C.
O primeiro tempo foi todo dominado pela equipe do Leste Europeu, que era parte da antiga Iugoslávia. Aos 13min, sem marcação, Birsa bateu de curva, com o goleiro Howard vendido no lance.
Os norte-americanos só colocaram um pouco de pressão no final da primeira etapa, sempre a partir de Donovan, eleito o melhor em campo. Mas, aos 42min, quando haviam equilibrado a partida, a Eslovênia ampliou, com Ljubijankic.
O segundo tempo já começou diferente. Aos 2min, Donovan fez boa jogada pela direita e chutou praticamente sem ângulo, descontando.
"Eu pensei em cruzar, mas decidi tentar o chute e chutei alto. Previ que o goleiro não ia querer levar uma bolada na cara", afirmou.
Maioria no estádio, a torcida norte americana acordou, gritando "U-S-A, U-S-A" por cima de vuvuzelas. O jogo ficou elétrico, e, aos 38min, o meio-campista Bradley, filho do treinador, empatou.
De acordo com seu pai, Bob Bradley, o desempenho dos EUA, apesar do final decepcionante, mostra que o time "continua lutando até o fim". Donovan declarou que a reação era exemplar do "espírito americano".


Texto Anterior: Tostão: Involução africana
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.