|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Limusines e policiais tomam conta das ruas de Los Angeles na decisão da NBA
FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
Centenas de fãs de Kobe
Bryant vagavam aflitos pelo
centro de Los Angeles anteontem, durante a final da
NBA contra o Boston Celtics.
Ninguém esperava que, na
capital mundial do entretenimento, fosse proibido se divertir. Mas o medo de depredação e desordem, como
aconteceu em 2009, fez a polícia quintuplicar sua força.
Do lado de fora do ginásio
Staples Center, um gigantesco telão exibia qualquer coisa menos o jogo, embora o pé
da tela mostrasse o placar,
com o Celtics liderando. A
polícia fazia de tudo para dispersar a multidão.
"Senhora, como vai? Tem
ingresso?", perguntou um
policial à reportagem, que
tentava atravessar a rua do
ginásio. "Se não tem, não
passa. Vá para casa. Isso vai
virar um banho de sangue."
Em pouco tempo, o telão
ficou preto, a cavalaria avançou, e o povo dispersou, sem
violência. O operário Carlos
Gomes passou a acompanhar o placar pelo celular. "É
ridículo. Sempre vi as finais
aqui, no telão. No ano passado, vi quebradeira no metrô,
acho que é por isso."
Mexicano, Gomes assistia
ao segundo jogo do dia, após
o México fazer 2 a 0 na França
na Copa. "Acordei ansioso,
mas queria era ver o Lakers."
Perto do ginásio, estavam
dezenas de limusines estacionadas. "Aqui é a capital
das pessoas ricas, elas gostam de chegar bem", falou o
motorista Grant Danielien.
Estacionar o carro custava
US$ 50 (R$ 89), e a limusine,
US$ 200 (R$ 356,34). Nas
mãos dos cambistas, um ingresso de US$ 140 (R$ 249)
saía por US$ 700 (R$ 1.247).
Quem ficou do lado de fora, bares e restaurantes lotaram. No último quarto, quando o LA Lakers virou o jogo,
cada cesta era festejada como se fosse gol de futebol.
Após a vitória, gritos de
alívio ecoaram pela cidade,
assim como o barulho das sirenes das viaturas que tentavam controlar focos isolados
de tumulto. No final, 40 pessoas foram detidas, 15 pequenos incêndios acabaram controlados, um táxi foi queimado e dois policiais tiveram
que ser hospitalizados.
Texto Anterior: Brasil já tem vaga na 2ª rodada de Wimbledon Próximo Texto: Vôlei: Seleção vence Coreia do Sul por 3 a 1 no Rio Índice
|