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Com febre, Tevez volta ao Corinthians
Esperança para o time, que não marca há 6 jogos, argentino balançou as redes pela última vez na 2ª rodada do Nacional
Após folga, atleta, que pelos números não influi tanto
na performance da equipe neste ano, se reapresenta mas não treina com bola
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Acusado de ser privilegiado
no elenco pela folga extra que o
tirou do clássico com o Palmeiras, o atacante Carlitos Tevez
se reapresentou ontem ao Corinthians e trouxe junto a esperança da solução dos problemas do time, que não consegue
fazer gols há seis jogos.
Contudo, números do Datafolha mostram que a presença
do astro -que desembarcou no
Brasil febril e gripado e nem sequer participou com o elenco
das atividades no gramado do
Parque São Jorge durante a tarde- não pesa tanto assim no
desempenho do time em 2006.
A produção ofensiva do Corinthians, por exemplo, é praticamente a mesma com Tevez
em campo. Nos 18 jogos em que
ele atuou no ano, a média de
gols é 1,78, contra 1,80 registrada nas demais 21 partidas.
Se jogar no sábado, contra o
Fortaleza, quando o Corinthians estreará sua nova camisa, apresentada na manhã de
ontem, Tevez irá a campo no
dia do aniversário de três meses de seu último gol no Brasileiro -nos 3 a 0 sobre o São
Caetano, na segunda rodada.
Curiosamente, na outra extremidade do campo, o Corinthians com Tevez se sai melhor
que sem ele. Quando jogou, a
média de gols contra foi menor
do que quando ele esteve fora.
A presença do principal jogador do time, tida como a panacéia dos males corintianos, é
acompanhada de um aumento
expressivo do número de cartões vermelhos. Nos jogos em
que o argentino esteve presente, a média de expulsões corintianas foi de 0,5 (um vermelho
a cada duas partidas). Quando
ele desfalcou o time da zona
leste, o número caiu para 0,35.
Se, nos quesitos expulsões,
gols pró e contra, a participação
de Tevez faz parecer que o jogador é de uma posição defensiva,
não um atacante, o número de
dribles desmente a tendência.
Quando o atacante jogou, a
média de fintas foi de 22,2 por
jogo, 18,7% mais que as 18,7 das
partidas em que ele não esteve
em campo. A quantidade de finalizações corintianas também
subiu, mas apenas 0,7 por jogo
de que o argentino participou.
Em defesa de Tevez há o argumento de que, neste ano,
seus números individuais melhoraram. Nos raros fundamentos em que houve queda, a
redução é pequena -por exemplo, a média de finalizações certas deste ano é 0,2 mais baixa
que a de 2005, quando o Corinthians foi campeão brasileiro.
E há índices que evoluíram. A
pontaria do atleta em 2006, por
exemplo, aumentou dez pontos
percentuais em relação à que
ele ostentou no ano passado
-ele hoje também recebe mais
bolas e faz mais passes.
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