São Paulo, quarta-feira, 19 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Com febre, Tevez volta ao Corinthians

Esperança para o time, que não marca há 6 jogos, argentino balançou as redes pela última vez na 2ª rodada do Nacional

Após folga, atleta, que pelos números não influi tanto na performance da equipe neste ano, se reapresenta mas não treina com bola


LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Acusado de ser privilegiado no elenco pela folga extra que o tirou do clássico com o Palmeiras, o atacante Carlitos Tevez se reapresentou ontem ao Corinthians e trouxe junto a esperança da solução dos problemas do time, que não consegue fazer gols há seis jogos.
Contudo, números do Datafolha mostram que a presença do astro -que desembarcou no Brasil febril e gripado e nem sequer participou com o elenco das atividades no gramado do Parque São Jorge durante a tarde- não pesa tanto assim no desempenho do time em 2006.
A produção ofensiva do Corinthians, por exemplo, é praticamente a mesma com Tevez em campo. Nos 18 jogos em que ele atuou no ano, a média de gols é 1,78, contra 1,80 registrada nas demais 21 partidas.
Se jogar no sábado, contra o Fortaleza, quando o Corinthians estreará sua nova camisa, apresentada na manhã de ontem, Tevez irá a campo no dia do aniversário de três meses de seu último gol no Brasileiro -nos 3 a 0 sobre o São Caetano, na segunda rodada.
Curiosamente, na outra extremidade do campo, o Corinthians com Tevez se sai melhor que sem ele. Quando jogou, a média de gols contra foi menor do que quando ele esteve fora.
A presença do principal jogador do time, tida como a panacéia dos males corintianos, é acompanhada de um aumento expressivo do número de cartões vermelhos. Nos jogos em que o argentino esteve presente, a média de expulsões corintianas foi de 0,5 (um vermelho a cada duas partidas). Quando ele desfalcou o time da zona leste, o número caiu para 0,35.
Se, nos quesitos expulsões, gols pró e contra, a participação de Tevez faz parecer que o jogador é de uma posição defensiva, não um atacante, o número de dribles desmente a tendência.
Quando o atacante jogou, a média de fintas foi de 22,2 por jogo, 18,7% mais que as 18,7 das partidas em que ele não esteve em campo. A quantidade de finalizações corintianas também subiu, mas apenas 0,7 por jogo de que o argentino participou.
Em defesa de Tevez há o argumento de que, neste ano, seus números individuais melhoraram. Nos raros fundamentos em que houve queda, a redução é pequena -por exemplo, a média de finalizações certas deste ano é 0,2 mais baixa que a de 2005, quando o Corinthians foi campeão brasileiro.
E há índices que evoluíram. A pontaria do atleta em 2006, por exemplo, aumentou dez pontos percentuais em relação à que ele ostentou no ano passado -ele hoje também recebe mais bolas e faz mais passes.


Texto Anterior: Régis Andaku: Gemido sexy e sacanagem explícita
Próximo Texto: Joelho deixa Nilmar fora por 6 meses
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.