São Paulo, quinta-feira, 19 de julho de 2007

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FUTEBOL

Seleção feminina atropela o Equador

Liderado por Marta e Cristiane, time põe pé nas semifinais após fazer 10 a 0

Brasil enfrenta amanhã a equipe canadense, que enfiou 11 a 1 na Jamaica e ostenta o recorde de maior goleada do Pan até agora

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Sem ter sofrido nenhum gol, a seleção feminina goleou, com "placar de várzea", o Equador, ontem, no Engenhão, e garantiu vaga na semifinal. O time venceu as equatorianas por 10 a 0, maior goleada da carreira da maioria das atletas.
A meia-atacante Marta, que marcou quatro gols, e a atacante Cristiane, que fez outros quatro, foram os destaques da seleção. Pretinha e Daniela Alves completaram a vitória.
"Pela seleção, só me recordo uma vez de termos vencido por mais de dez gols. Foi contra as peruanas por 13 gols, num sul-americanos, há alguns anos", disse a meia Formiga, 29, uma das mais experientes da equipe.
"Um placar deste só consegui lá na várzea. Chega a ser até engraçado", disse Marta. A terceira goleada do time na competição iniciou um clima de "já ganhou" na delegação. Logo após o final da partida, o próprio técnico Jorge Barcellos admitiu o favoritismo da equipe nacional para obter o ouro.
"Temos que colocar o nosso futebol para fora. Tenho certeza de que o Brasil vai superar estas partidas aí", disse o técnico, ao referir-se aos próximos confrontos da equipe no Pan.
Amanhã, as brasileiras decidem com as canadenses a liderança do grupo. Os dois times venceram todos os jogos de goleada. Ontem, o Canadá derrotou as jamaicanas, por 11 a 1. A partida é considera uma final antecipada do Pan.
Os EUA, que também são favoritos ao título, não disputam a competição com o time principal. O país está representado por uma seleção sub-20.
Com seis gols, Cristiane é a artilheira da seleção, seguida por Marta. Eleita melhor jogador do mundo pela Fifa em dezembro, a meia-atacante já tem marcou cinco vezes no Pan.
A goleada histórica fez a festa dos torcedores no Engenhão, que teve ontem o maior público no torneio de futebol feminino (11.639 pessoas).
"Estou adorando ver as meninas jogarem. Nunca pensei que mulheres poderiam jogar tão bem. Elas são demais. Assisti aos três jogos delas aqui e virei fã", disse a vendedora Marcia Gil, 43, que mora ao lado do estádio.
Apesar da facilidade da vitória -a goleira brasileira só pegou duas bolas-, a seleção criou expectativa pelo décimo gol. Ele só veio aos 45min do segundo tempo, 21 minutos após o nono. "As equatorianas se fecharam muito, mas deixamos nossa marca", disse Formiga.


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