Alemanha ganha e enterra sonho olímpico do Brasil

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina de basquete manteve seu martírio de 12 anos de frustrações e ausência de Olimpíada. Com a eliminação precoce do Pré-Olímpico Mundial de Atenas ontem, o Brasil não tem mais chance de classificação para Pequim.
O sonho de retornar à elite do basquete, outra vez, foi adiado. Agora, para Londres-2012.
Ontem, o time saiu de quadra abatido após a derrota por 78 a 65 para a Alemanha, pelas quartas-de-final do classificatório, que distribui as três últimas vagas na Olimpíada.
O rival comandou o placar em quase todo o duelo e chegou a atingir vantagem de 27 pontos no terceiro quarto (60 a 33), praticamente definindo o jogo.
Com seis desfalques -Nenê, Leandrinho, Anderson Varejão, Valtinho, Guilherme e Paulão, por motivos diversos, não foram para a Grécia-, a seleção apresentou nítida desvantagem física contra os europeus, maiores rivais na luta pela vaga.
As defecções obrigaram o espanhol Moncho Monsalve, primeiro estrangeiro a dirigir o Brasil, a escalar novatos como Duda, Jonathan e Marcus.
"Há muita pressão sobre o Brasil, que nunca havia ficado 12 anos sem ir aos Jogos. É preciso lembrar que cinco desses jogadores nunca haviam competido em nível internacional."
Na terça, contra a Grécia, vice-campeã mundial, tal problema foi refletido em um placar de 89 a 69 a favor dos anfitriões.
No duelo com os alemães, isso foi traduzido na sobrecarga aos titulares. Ontem, Tiago Splitter e Alex atuaram por 37 minutos, quase não tendo descanso. O pivô acabou saindo após cometer sua quinta falta.
Moncho afirmou ontem que quer continuar no comando da equipe brasileira ao menos até o Mundial da Turquia, em 2010. Mas lamentou que, aos 63 anos, não se vê com outra chance de chegar à Olimpíada.


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