São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

O Felipão de sempre

FELIPÃO traz de seus oito anos pela Europa e pela Ásia o apreço pelo sistema da moda. Seu novo Palmeiras joga com dois volantes, três armadores, um atacante, com Ewerthon completando o meio pela esquerda e Márcio Araújo descolando dos volantes, pela direita. É o mesmo 4-2-3-1 com que levou Portugal ao vice europeu, em 2004. Diga-se que, naquele tempo, o sistema ainda não estava na moda.
Fora isso, Felipão é o mesmo de sempre, com uma velha qualidade: tentar explorar a vantagem numérica, quando seu adversário tem um jogador a menos.
Pois ter tentando vencer é a primeira acusação que pode receber. Com um a mais, lançou quatro atacantes nos dez minutos finais. Tinha Ewerthon, Kleber, Vinícius e Tadeu, quando Roberto invadiu a área e foi derrubado por Léo. Bom zagueiro, que falha uma vez por jogo, Léo foi expulso. Ao tentar o empate, agora com igualdade numérica, o Palmeiras sofreu o quarto gol.
Incrível que Felipão tenha colhido fama de retranqueiro, quando foi técnico do Criciúma e do Grêmio.
Sua primeira passagem pelo Palmeiras ficou marcada por partidas épicas, como a virada sobre o Flamengo, na Copa do Brasil de 1999. Empatando por 2 a 2 aos 40 do segundo tempo, precisando vencer por dois gols de diferença, juntou Euller e Evair a Paulo Nunes e Oséas. Com quatro atacantes, venceu por 4 a 2.
Felipão é o mesmo e se ainda não tem o time para ousar, como tentou em Florianópolis, faz as mesmas caras e bocas do passado.
Caretas em marcações erradas do árbitro ou passes errados do time. Ontem, foi mais pelos equívocos da equipe. Aquela que terá de montar, para que confirme a esperança que o primeiro resultado desmentiu.

pvc@uol.com.br

O MELHOR MEIA
Desde Douglas, o Corinthians procurava um meia. Tentou Danilo, Tcheco, Defederico. Nenhum foi tão perfeito quanto Bruno César. Seu gol confirma a liderança.

COORDENADOR
Se chamou Parreira para coordenador, Ricardo Teixeira pensou certo. Precisa de alguém para coordenar as seleções. Mas contradiz o discurso "tudo novo". Teixeira, em 21 anos, não formou ninguém.


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