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União gastará R$ 1,6 bi em segurança
Copa-2014 vai direcionar às 12 cidades-sedes quase o dobro do que africanos consumiram com seu Mundial
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
O governo federal planeja
gastar R$ 1,6 bilhão até 2014
com equipamento e capacitação de policiais para garantir a segurança da Copa do
Mundo no Brasil.
O investimento nas 12 cidades-sedes representa metade do gasto anual com segurança no país. A verba para a Copa-14 é quase o dobro
dos US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 889 milhões)
gastos pelo governo da África
do Sul no torneio deste ano.
Os números ainda devem
ser fechados com as cidades-
-sedes, que informarão a
quantidade de policiais e a
infraestrutura local disponibilizada para a competição.
Segundo os cálculos do
governo, o principal gasto será com treinamento de policiais. O governo fornecerá
equipamento para monitoramento e armas não letais.
O planejamento da segurança ficará a cargo do Ministério da Justiça. O governo
ainda não definiu a estrutura
a ser montada para o evento.
Isso deve ocorrer após as
cidades definirem os estádios, a estrutura hoteleira e
os principais meios de transporte utilizados -a situação
nos Estados é desigual.
O primeiro passo foi dado
em 8 de julho, quando o Ministério da Justiça criou a comissão especial de segurança, que trabalhará na Copa e
na Olimpíada do Rio-2016.
O planejamento da segurança ficará sob o comando
de Rafael Favetti, secretário-executivo da pasta.
Os trabalhos serão divididos ente Ministério da Defesa
e Gabinete de Segurança Institucional. A comissão é formada por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério da Justiça.
No mês passado, o governo enviou dez representantes dos três órgãos para participarem do grupo de observação da Copa do Mundo da
África do Sul, para se familiarizar com a organização de
um evento deste porte.
Segundo Alexandre Aragon, secretário nacional
substituto de Segurança Pública e membro da comissão,
um dos objetivos do grupo de
trabalho é identificar as principais deficiências das polícias locais e capacitá-las.
"Um dos focos será ajudar
as cidades que não têm cultura com grandes eventos de
jogos de futebol e capacitar
os policiais", informou.
Para Aragon, a segurança
da Copa-2014 não é uma
preocupação do governo. "A
segurança não será garantida por conta da Copa. Queremos que seja justamente o
contrário, que a segurança
dos eventos seja uma consequência das políticas públicas no combate à violência."
Ainda não há data para o
governo formalizar o acordo
com as 12 cidades-sedes. O
governo já reuniu representantes dos Estados e municípios para esboçar o projeto.
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