São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2010

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União gastará R$ 1,6 bi em segurança

Copa-2014 vai direcionar às 12 cidades-sedes quase o dobro do que africanos consumiram com seu Mundial

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

O governo federal planeja gastar R$ 1,6 bilhão até 2014 com equipamento e capacitação de policiais para garantir a segurança da Copa do Mundo no Brasil.
O investimento nas 12 cidades-sedes representa metade do gasto anual com segurança no país. A verba para a Copa-14 é quase o dobro dos US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 889 milhões) gastos pelo governo da África do Sul no torneio deste ano.
Os números ainda devem ser fechados com as cidades- -sedes, que informarão a quantidade de policiais e a infraestrutura local disponibilizada para a competição.
Segundo os cálculos do governo, o principal gasto será com treinamento de policiais. O governo fornecerá equipamento para monitoramento e armas não letais.
O planejamento da segurança ficará a cargo do Ministério da Justiça. O governo ainda não definiu a estrutura a ser montada para o evento.
Isso deve ocorrer após as cidades definirem os estádios, a estrutura hoteleira e os principais meios de transporte utilizados -a situação nos Estados é desigual.
O primeiro passo foi dado em 8 de julho, quando o Ministério da Justiça criou a comissão especial de segurança, que trabalhará na Copa e na Olimpíada do Rio-2016.
O planejamento da segurança ficará sob o comando de Rafael Favetti, secretário-executivo da pasta.
Os trabalhos serão divididos ente Ministério da Defesa e Gabinete de Segurança Institucional. A comissão é formada por Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério da Justiça.
No mês passado, o governo enviou dez representantes dos três órgãos para participarem do grupo de observação da Copa do Mundo da África do Sul, para se familiarizar com a organização de um evento deste porte.
Segundo Alexandre Aragon, secretário nacional substituto de Segurança Pública e membro da comissão, um dos objetivos do grupo de trabalho é identificar as principais deficiências das polícias locais e capacitá-las.
"Um dos focos será ajudar as cidades que não têm cultura com grandes eventos de jogos de futebol e capacitar os policiais", informou.
Para Aragon, a segurança da Copa-2014 não é uma preocupação do governo. "A segurança não será garantida por conta da Copa. Queremos que seja justamente o contrário, que a segurança dos eventos seja uma consequência das políticas públicas no combate à violência."
Ainda não há data para o governo formalizar o acordo com as 12 cidades-sedes. O governo já reuniu representantes dos Estados e municípios para esboçar o projeto.


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