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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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FUTEBOL

Por despacho do presidente interino, Paulo César Salomão, time terá de retrucar as queixas de Goiás e Fluminense

STJD pede que Santos apresente defesa

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva pedirá hoje explicações ao Santos sobre a escalação do meia Jerri contra Goiás e Fluminense no mês passado.
O presidente em exercício do tribunal, Paulo César Salomão, recebeu ontem as queixas do vigésimo e do penúltimo colocados do Brasileiro e despachará hoje o pedido oficial para que o clube da Vila Belmiro as retruque, informou a coordenação do STJD.
Segundo a assessoria do tribunal, os santistas terão que entregar a sua defesa em cinco dias úteis. Só depois de decorrido esse prazo, Salomão determinará qual procurador do STJD vai analisar o caso para oferecer ou não uma denúncia contra o Santos.
Os advogados do clube da Vila não terão ainda que replicar a queixa da Ponte Preta porque, até o fechamento desta edição, o STJD não havia recebido os originais do fax enviado pelo time de Campinas na última quinta-feira.
Procurado pela Folha para comentar o caso, Luiz Zveiter, presidente licenciado do STJD, acenou com uma possível saída para isentar o Santos de uma punição.
Apesar de se negar a comentar o caso de Jerri, Zveiter disse que existe um prazo de cinco dias úteis, após a entrega da súmula da partida, para que os times que se sintam prejudicados recorram -as queixas teriam sido, portanto, enviaradas após o prazo.
"Se existe um prazo especificado na legislação para que a parte exercite o seu direito, qualquer outro prazo não vale", afirmou Zveiter, referindo-se à redação do artigo 116 do CBDF, modificado pela Resolução de Diretoria da CBF número 1A/ 97, que trata do pedido de impugnação de jogos.
Mas os clubes que se sentiram prejudicados refutaram a tese de Zveiter. Primeiro afirmam não ter pedido impugnação, mas a abertura de inquérito contra o Santos. Segundo porque o CBDF (artigo 196) é claro em relação ao prazo para protocolo de queixas -30 dias após o fato que lhes derem causa. E, por último, porque não podiam se pautar na súmula nem no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF para saberem da situação de Jerri, cujo novo contrato, válido desde 8 de julho, só foi publicado no último dia 29.
"Não recebemos os BIDs completos. Recebemos só a nossa parte", disse Marco Antônio Eberlim, vice-presidente da Ponte Preta.
O diretor do departamento de Registros da CBF, Luiz Gustavo Vieira, confirmou a informação. "Enviamos o BID para as federações. Os clubes recebem um documento diferente, que não é diário. A não ser que peçam o documento completo", disse Vieira.


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