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FUTEBOL
Por despacho do presidente interino, Paulo César Salomão, time terá de retrucar as queixas de Goiás e Fluminense
STJD pede que Santos apresente defesa
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O Superior Tribunal de Justiça
Desportiva pedirá hoje explicações ao Santos sobre a escalação
do meia Jerri contra Goiás e Fluminense no mês passado.
O presidente em exercício do
tribunal, Paulo César Salomão,
recebeu ontem as queixas do vigésimo e do penúltimo colocados
do Brasileiro e despachará hoje o
pedido oficial para que o clube da
Vila Belmiro as retruque, informou a coordenação do STJD.
Segundo a assessoria do tribunal, os santistas terão que entregar a sua defesa em cinco dias
úteis. Só depois de decorrido esse
prazo, Salomão determinará qual
procurador do STJD vai analisar o
caso para oferecer ou não uma denúncia contra o Santos.
Os advogados do clube da Vila
não terão ainda que replicar a
queixa da Ponte Preta porque, até
o fechamento desta edição, o
STJD não havia recebido os originais do fax enviado pelo time de
Campinas na última quinta-feira.
Procurado pela Folha para comentar o caso, Luiz Zveiter, presidente licenciado do STJD, acenou
com uma possível saída para isentar o Santos de uma punição.
Apesar de se negar a comentar o
caso de Jerri, Zveiter disse que
existe um prazo de cinco dias
úteis, após a entrega da súmula da
partida, para que os times que se
sintam prejudicados recorram
-as queixas teriam sido, portanto, enviaradas após o prazo.
"Se existe um prazo especificado na legislação para que a parte
exercite o seu direito, qualquer
outro prazo não vale", afirmou
Zveiter, referindo-se à redação do
artigo 116 do CBDF, modificado
pela Resolução de Diretoria da
CBF número 1A/ 97, que trata do
pedido de impugnação de jogos.
Mas os clubes que se sentiram
prejudicados refutaram a tese de
Zveiter. Primeiro afirmam não ter
pedido impugnação, mas a abertura de inquérito contra o Santos.
Segundo porque o CBDF (artigo
196) é claro em relação ao prazo
para protocolo de queixas -30
dias após o fato que lhes derem
causa. E, por último, porque não
podiam se pautar na súmula nem
no BID (Boletim Informativo
Diário) da CBF para saberem da
situação de Jerri, cujo novo contrato, válido desde 8 de julho, só
foi publicado no último dia 29.
"Não recebemos os BIDs completos. Recebemos só a nossa parte", disse Marco Antônio Eberlim,
vice-presidente da Ponte Preta.
O diretor do departamento de
Registros da CBF, Luiz Gustavo
Vieira, confirmou a informação.
"Enviamos o BID para as federações. Os clubes recebem um documento diferente, que não é diário. A não ser que peçam o documento completo", disse Vieira.
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