São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2007

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Destaque nada em torneios convencionais

DA SUCURSAL DO RIO

O Comitê Brasileiro Paraolímpico travou uma batalha internacional para classificar o nadador André Brasil, um dos destaques dos Jogos.
Apesar da seqüela na perna esquerda provocada pela poliomielite contraída na infância, o carioca nadava exclusivamente em competições convencionais até 2005 -chegou a disputar o Troféu Brasil.
No Mundial do Rio, Brasil fez sua estréia no esporte paraolímpico, mas foi desclassificado em virtude de um protesto feito por seus adversários.
""A partir daí, fizemos o nosso recurso em três meses e conseguimos provar, no ano passado, diante de uma banca internacional na África do Sul, que o André tinha suas limitações", disse a classificadora Adriana Diedrichs, que é fisioterapeuta.
No Parapan, o nadador disputa provas na categoria S10, que reúne atletas com as mais leves deficiências. Na sexta, ele conquistou sua quinta medalha de ouro no Parapan do Rio ao vencer a prova dos 400m livre.
Alguns de seus tempos foram dignos de nadadores sem deficiência. Nos 100 m borboleta, cravou 57s55, o que o deixaria à frente de dois competidores que disputaram o Pan-2007.
""O André nada provas convencionais porque é um bom atleta e consegue compensar a deficiência. Mas não podemos negar que ele tem movimentos restritos na perna, principalmente no tornozelo, e diminuição de força na coxa por causa da pólio. Provamos isto biomecanicamente. A lesão dele está estabelecida. Não é progressiva e nem regressiva", disse Adriana, ciente que ""sempre haverá protestos" no caso do nadador carioca. (SR)


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