São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2008

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FUTEBOL

Ronaldinho e Messi lutam enfim em lados opostos

Duelo entre ex-colegas de Barcelona é atração no Brasil x Argentina

BRASIL
Encara arqui-rival por vaga na disputa da medalha de ouro. Horário: 10h


PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM

A relação entre eles é intensa e relativamente longa. Mas só hoje, às 10h, quando Brasil e Argentina decidem vaga na final da Olimpíada de Pequim, Ronaldinho e Messi irão duelar de forma oficial pela primeira vez.
Companheiro de Barcelona até o fim do semestre passado, onde o brasileiro era uma espécie de tutor do argentino, os dois, que organizam juntos partidas beneficentes, não puderam medir forças ainda no maior clássico sul-americano.
Ronaldinho, duas vezes o melhor do mundo, não participou, por motivos diferentes, dos três jogos que Messi fez contra o Brasil em jogo de seleções principais, com duas vitórias do time de Dunga e um empate -este em junho último, no Mineirão, quando o argentino foi aplaudido pelos torcedores.
Os dois astros monopolizam as atenções no jogo decisivo para o Brasil seguir no caminho de seu primeiro ouro olímpico e para a Argentina conseguir o bicampeonato depois do título em Atenas. E os colegas de time contam com eles para triunfar.
"Ronaldinho é o nosso capitão. Tem influenciado, liderado a equipe, sendo o nosso ponto de referência. O talento dele é impressionante, pode fazer a diferença", disse Hernanes.
Ao diário "Olé", o atacante Agüero, outro destaque argentino, declarou que Messi "hoje é melhor que Ronaldinho".
Os dois craques do jogo têm longo histórico contra o maior rival. Na final da Copa das Confederações de 2005, na Alemanha, Ronaldinho teve um de seus grandes momentos pela seleção na goleada por 4 a 1.
Em confrontos do time principal, Messi ainda não venceu o Brasil, mas tem no seu currículo uma vitória no Mundial sub-20 de 2005, na Holanda, quando marcou um dos gols da vitória de 2 a 1 do seu time sobre os brasileiros nas semifinais.
"Contra nós ele bagunçou naquele jogo, mas é passado, e o mundo dá voltas. O pessoal que esteve naquele jogo tem uma oportunidade de agora vencer", disse o atacante Rafael Sobis, um dos brasileiros derrotados por Messi há três anos.
Liberados para a Olimpíada depois de longas polêmicas, Ronaldinho e Messi têm desempenho idêntico na artilharia dos Jogos até agora.
Cada um marcou duas vezes, mas o argentino fez os seus com a bola rolando e com um vigor físico que impressiona, enquanto Ronaldinho precisou de lances de bola parada.
"É um jogador diferente. Está em grande fase. Temos que ter cuidado, mas também com o Riquelme, que cria quase todas as jogadas", disse Lucas.
Os rivais sul-americanos já se enfrentaram em jogo eliminatório de Olimpíada, e o Brasil levou a melhor: 1 a 0 nas quartas em Seul-88. O vencedor de Brasil e Argentina pega Bélgica ou Nigéria no jogo pelo ouro.

1 PÓDIO
tem até agora a Argentina na Olimpíada. Foi um bronze no judô feminino. No futebol masculino, os argentinos têm rara chance de evitar que a participação do país em Pequim seja um fiasco absoluto. Segundo a organização dos Jogos, a Argentina tem 146 atletas, o que a coloca como a 23ª maior delegação dos Jogos. Assim, sua produtividade faz feio até agora. Além do futebol, a Argentina aposta em basquete masculino e hóquei sobre a grama feminino.


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