São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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Rogério reencontra São Paulo em alta

Após mais de quatro meses afastado, goleiro afirma que não é insubstituível e festeja o time estar no G4 em sua reestreia

Camisa 1, que encara hoje o Fluminense, diz que tentou apoiar elenco durante fase ruim, após eliminações no Paulista e na Libertadores

Adriano Vizoni/Folha Imagem
O camisa 1, que retorna ao gol depois de desfalcar
o time em 24 jogos, durante treino ontem


CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

Cento e vinte e sete dias após pisar pela última vez no gramado de um estádio, Rogério, 36, volta ao gol do São Paulo hoje, contra o Fluminense, no Morumbi. Recuperado de fratura no tornozelo esquerdo, o arqueiro reestreia após desfalcar o time por 24 partidas seguidas -um recorde em sua carreira.
O retorno acontece no melhor momento do time no ano. Após fracassar no primeiro semestre, a equipe se recuperou no Brasileiro. Venceu os últimos seis jogos e está no G4.
"Ainda bem que o time está em boa fase. Pior seria voltar na 15ª colocação. Hoje a equipe se encontra muito mais confiante, alegre e competitiva do que antes. Isso também vai me ajudar", declarou o camisa 1.
Até o afastamento de Rogério, o São Paulo vivia uma temporada sem sobressaltos. Classificou-se sem dificuldades para a fase semifinal do Campeonato Paulista e fazia uma boa campanha na Libertadores, a prioridade do clube neste ano.
Mas, no treino do dia 13 de abril, o camisa 1 sofreu a lesão. Foi operado no mesmo dia. O departamento médico do clube previu que sua recuperação duraria de quatro a seis meses.
O afastamento de Rogério foi o primeiro grande problema enfrentado pelo clube do Morumbi nesta temporada. Mas esteve longe de ser o único.
Nesses quatro meses e uma semana em que o arqueiro passou até 12 horas diárias em fisioterapia, o São Paulo foi eliminado em casa das duas competições que disputava: pelo Corinthians, no Estadual, e pelo Cruzeiro, na Libertadores.
O time ainda teve que assimilar a demissão de Muricy Ramalho e o anúncio de Ricardo Gomes como novo treinador. Tanto que, no Brasileiro, flertou com a zona de descenso.
Após a derrota para o Atlético-MG (2 a 0), o São Paulo ficou a um ponto de distância dos quatro piores times do torneio.
Rogério não viveu os maus momentos dentro de campo. Mas, segundo o goleiro, procurou, de fora, ajudar o time.
"Foi complicado, mas tenho a consciência tranquila. Tentei ajudar como pude, incentivando. Queria ter feito mais, mas não tinha condições físicas."
Para Ricardo Gomes, a volta de Rogério aos treinamentos com o grupo, há duas semanas, também ajudou os atletas.
"Ele contribui não só com técnica mas também com experiência", disse o treinador.
Além da vaga no gol, o camisa 1 retoma o posto de capitão, função exercida por André Dias durante sua ausência. "Ninguém é insubstituível. Não sou líder nem craque. Sou só parte do grupo", afirmou Rogério.


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