São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2010

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"Não atletas" recheiam a Olimpíada teen

DA ENVIADA A CINGAPURA

Os "Erics Moussambanis" dos Jogos da Juventude não estão restritos só às piscinas.
Há uma enorme quantidade de atletas amadores que está tão despreparada para atuar em um evento olímpico quanto o nadador de Guiné Bissau estava nos Jogos de Sydney-2000, quando nadou cachorrinho nos 100 m livre.
O Comitê Olímpico Internacional distribuiu convites a diversas confederações.
E o que se percebe na Olimpíada teen, além de atletas amadores, é uma proliferação de "não atletas".
É o caso do time de handebol das Ilhas Cook. O arquipélago da Oceania será representado por equipe que só teve o primeiro contato com o esporte há dois meses.
"Uma semana após começamos a treinar juntos, eu pensei que aquilo era chato. Ninguém sabia as regras ou entendia o jogo. Só corríamos o tempo todo e nos empurrávamos", disse Gerald Piho, 16, capitão da equipe.
Outra pequena ilha do Pacífico foi surpreendida com um convite. Tiaes Tapumanaia, de Tuvalu, joga badminton há dois anos, mas sua preparação "intensa" se deu duas semanas antes dos Jogos, quando foi convidada.
Em três jogos em Cingapura, perdeu todos, fazendo só 14 pontos. "Em Tuvalu, não temos estacionamento nem parque para treinar", diz.
Até o futebol sofre devido à quantidade de seleções sem tradição. Vanuatu, Cingapura, Zimbábue, Haiti, Irã, Papua Nova Guiné e Guiné Equatorial foram escolhidas pela Fifa para o evento.
Cenas bizarras, como chute de longe que quica à frente de várias atletas até entrar no gol, são frequentes. Com a bola maltratada, as arquibancadas ficam vazias. (MB)


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