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"Não atletas" recheiam a Olimpíada teen
DA ENVIADA A CINGAPURA
Os "Erics Moussambanis"
dos Jogos da Juventude não
estão restritos só às piscinas.
Há uma enorme quantidade de atletas amadores que
está tão despreparada para
atuar em um evento olímpico
quanto o nadador de Guiné
Bissau estava nos Jogos de
Sydney-2000, quando nadou
cachorrinho nos 100 m livre.
O Comitê Olímpico Internacional distribuiu convites
a diversas confederações.
E o que se percebe na
Olimpíada teen, além de atletas amadores, é uma proliferação de "não atletas".
É o caso do time de handebol das Ilhas Cook. O arquipélago da Oceania será representado por equipe que
só teve o primeiro contato
com o esporte há dois meses.
"Uma semana após começamos a treinar juntos, eu
pensei que aquilo era chato.
Ninguém sabia as regras ou
entendia o jogo. Só corríamos o tempo todo e nos empurrávamos", disse Gerald
Piho, 16, capitão da equipe.
Outra pequena ilha do Pacífico foi surpreendida com
um convite. Tiaes Tapumanaia, de Tuvalu, joga badminton há dois anos, mas
sua preparação "intensa" se
deu duas semanas antes dos
Jogos, quando foi convidada.
Em três jogos em Cingapura, perdeu todos, fazendo só
14 pontos. "Em Tuvalu, não
temos estacionamento nem
parque para treinar", diz.
Até o futebol sofre devido
à quantidade de seleções
sem tradição. Vanuatu, Cingapura, Zimbábue, Haiti, Irã,
Papua Nova Guiné e Guiné
Equatorial foram escolhidas
pela Fifa para o evento.
Cenas bizarras, como chute de longe que quica à frente
de várias atletas até entrar no
gol, são frequentes. Com a
bola maltratada, as arquibancadas ficam vazias.
(MB)
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