São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 2011

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Borges aumenta trauma de pênaltis

SANTOS
Após criticar Elano por cavadinha, Muricy isenta atacante de culpa por revés em casa


LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

É de se entender que os torcedores santistas fiquem apreensivos a cada vez que um árbitro anota um pênalti a favor de sua equipe.
O erro de Borges, na derrota de anteontem por 3 a 2 para o Coritiba, foi o quarto no ano, em 11 cobranças.
E, como tem sido comum ao time, a chance desperdiçada pelo centroavante vem acompanhada de um trauma.
Tivesse marcado o gol, Borges colocaria o Santos novamente em vantagem no placar, àquele momento, na metade da etapa final, em 2 a 2, o que diminuiria a possibilidade de o Coritiba virar a partida, como aconteceu após a defesa de Edson Bastos.
Borges errou, Léo Gago fez o terceiro dos paranaenses e sacramentou a derrota que recolocou o Santos na zona de rebaixamento do Brasileiro. A torcida não poupou o time, campeão da Libertadores, e vaiou os atletas.
Na saída de campo, o atacante assumiu a culpa pelo revés em casa. "Eu não podia ter perdido o pênalti."
Muricy Ramalho preferiu protegê-lo. "Ele fez os dois gols e é o artilheiro do time e do Brasileiro, não tem que se culpar de nada, é essa fase ruim que precisa passar."
Não foi assim quando Elano teve um pênalti defendido por Felipe na derrota para o Flamengo -talvez por Borges não ter tentado marcar o gol com uma cavadinha.
"A torcida até que tratou ele bem demais. Foi feio", disse Muricy, sobre o erro do meia, que também gerou apupos na Vila. A resposta de Elano foi ameaçar sair do clube.
Já Neymar, que reinou sozinho em 2010 como batedor do time, neste ano perdeu o cargo, o que não o impediu de aumentar a lista de erros.
No único pênalti que bateu, falhou. Foi contra o Once Caldas, pela Libertadores. Elano estava em campo, mas o atacante pediu para cobrar.
Porém foi justamente num pênalti que Neymar não cobrou que se deu a maior polêmica de sua curta carreira.
No Brasileiro-2010, o jogador foi derrubado dentro da área numa partida contra o Atlético-GO, em Santos.
Levantou-se e pegou a bola, mas o técnico Dorival Jr., estimulado pelo mau retrospecto de Neymar [errou 6 de 16 pênaltis em 2010], ordenou que Marcel cobrasse.
A reação do atleta foi xingar o treinador em frente às câmeras, no célebre episódio que resultou em seu afastamento temporário e, depois, na demissão de Dorival Jr.
Só Keirrison passou incólume pelos pênaltis santistas neste ano. Bateu um, contra o Inter, e acertou. Ele, entretanto, já deixou o clube.


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