Jogo contra argentinos na Sul-Americana é visto como chance de reforçar a marca do clube no exterior

Marcos Brindicci/Reuters

Era para ser só o encontro dos atuais times que lideram os nacionais da Argentina e do Brasil, agora na Copa Sul-Americana. Mas a primeira partida entre Boca Juniors e São Paulo, pelas oitavas-de-final do campeonato, às 21h45, na Bombonera, além de acirrar a rivalidade entre as equipes, também atenderá aos caprichos das diretorias de ambos os times.
Se o tema é história, a Sul-Americana-07 oferece algumas oportunidades para os portenhos. Caso vença o torneio, o Boca, líder do Argentino ao lado do Independiente, com 19 pontos, será o primeiro a ter três títulos da competição, iniciada em 2002 -ganhou em 2004 e 2005. Será também o primeiro clube a conseguir, na mesma temporada, a Libertadores e a Sul-Americana.
Além disso,voltará a ter vantagem sobre o Milan no duelo particular que trava com o clube italiano pela coroa de "Rei de Copas". Com a Libertadores e a Copa dos Campeões que conquistaram neste ano, os dois clubes somam 17 conquistas internacionais cada um. Se vencerem seus confrontos iniciais, se enfrentarão na final do Mundial de Clubes, em dezembro.
Já o São Paulo preza a internacionalização da sua imagem e vê no torneio uma boa oportunidade para fixar cada vez mais sua imagem no exterior.
"A parte financeira da competição é bem interessante. Mas o que nos interessa mesmo é a exposição da nossa marca", comentou João Paulo de Jesus Lopes, assessor especial da presidência do time do Morumbi.
O adversário e o local da partida, a mítica Bombonera, são os atrativos da disputa para os jogadores são-paulino.
"Sem querer desmerecer as outras equipes, mas a pressão da torcida [argentina] e o fato de ser contra o Boca torna o jogo especial", comentou o volante Hernanes, um dos mais entusiasmados para debutar no estádio do rival. "Não quero perder nos dois sentidos [placar e chance de jogar no local]."